Narrativas da Cia. Tempo de Brincar: Uma Poética Antropofágica

Autores

  • Míriam Cristina Carlos Silva Universidade de Sorocaba

DOI:

https://doi.org/10.30681/rccs.v10i2.4260

Palavras-chave:

Cia. Tempo de Brincar, Poética antropofágica, Narrativas, Tradição, Diálogo,

Resumo

Por meio da análise dos espetáculos encenados pela Cia. Tempo de Brincar, debatemos o conceito de poética antropofágica como possibilidade complexa de representação / construção dos fenômenos humanos. Concluímos que a Cia. Tempo de Brincar opera com uma poética antropofágica, ressignificando de forma sinestésica as narrativas tradicionais. Ao se colocar múltiplas tradições e materialidades em diálogo, celebra-se, nestas narrativas, a comunhão entre tempos e espaços distintos, com o encontro de corpos que partilham o passado-presente-futuro; o cotidiano e o imaginário; a vida e a morte.

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Biografia do Autor

Míriam Cristina Carlos Silva, Universidade de Sorocaba

Professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba. Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.

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Publicado

2020-05-14

Como Citar

Silva, M. C. C. (2020). Narrativas da Cia. Tempo de Brincar: Uma Poética Antropofágica. Revista Comunicação, Cultura E Sociedade, 6(2), 152–171. https://doi.org/10.30681/rccs.v10i2.4260