Recife Quilombo Urbano: Fluxo Afro-Transnacional Através das Redes Sociais

Autores

  • Josué Mariano Hebenbrock Centro Universitário Vale do Ipojuca/UNIFAVIP-DeVry Universitat Pompeu Fabra/Barcelona – UPF/Espanha
  • Kywza FIDELES Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

DOI:

https://doi.org/10.30681/rccs.v3i3.62

Palavras-chave:

Recife, Redes Sociais, Imigração, Afro – Transnacionalização, Self Communication.

Resumo

A Afro-Transnacionalização na cidade do Recife vem acontecendo desde 2011. Tudo isso devido o Brasil ter assinado em 2009 a „Lei de Anistia?. O texto objetiva apresentar a comunidade senegalesa da cidade do Recife dentro de um novo fluxo transnacional fazendo parte de um pré-projeto de pós-graduação (pós-doutoral). O artigo contou com uma base teórica de comunicólogos e sociólogos como: Deleuze e Guattari (1994), Haesbaert (2006), Castells (2009) e McLuhan (2002), os quais elucidaram conceitos como: reterritorialidade, desterritorialidade, Sellf Communication e Transnacionalismo. O texto foi trabalhando com entrevistas e uma revisão bibliográfica, trazendo como resultado um trabalho que mostra o Recife longe de ser uma cidade considerada multicultural em virtude de suas diversidades, étnicas, religiosa e social, mas sim um Quilombo Urbano, onde os negros oriundos da África na atualidade ainda são vistos como pobres, feios, diaspóricos e miseráveis.

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Biografia do Autor

Josué Mariano Hebenbrock, Centro Universitário Vale do Ipojuca/UNIFAVIP-DeVry Universitat Pompeu Fabra/Barcelona – UPF/Espanha

Doutor em Comunicação Política pela Universitat Pompeu Fabra/Barcelona – UPF/Espanha e Professor do Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Vale do Ipojuca/UNIFAVIP-DeVry.

Kywza FIDELES, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Doutora em Comunicação pelo PPGCOM-UFPE.

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Publicado

2014-09-19

Como Citar

Hebenbrock, J. M., & FIDELES, K. (2014). Recife Quilombo Urbano: Fluxo Afro-Transnacional Através das Redes Sociais. Revista Comunicação, Cultura E Sociedade, 2(1). https://doi.org/10.30681/rccs.v3i3.62