Para além dos grilhões da Linguagem que capitaliza(ou): relações de corporalidade, linguagem e decolonialidade em Fanon por epistemologias indígenas brasileiras
relations of corporality, language and decoloniality in Fanon by Brazilian indigenous epistemologies.
DOI:
https://doi.org/10.30681/2594.9063.2023v7n2id11669Palavras-chave:
Decolonialidade, Estudos de Linguagem, CorporalidadeResumo
Este artigo propõe estabelecer diálogo entre duas premissas da filosofia de Frantz Fanon na obra Pele negra, máscaras brancas, sobre a ontologia da linguagem e a relação de corporalidade, com perspectivas indígenas brasileiras. Para isso, foi analisada uma afirmação inicial da obra, “falar é existir absolutamente para o outro”, e uma final, “Minha última prece: Oh, meu corpo, faça sempre de mim um homem que questione!”, sob a ótica de Maldonado-Torres e uma contextualização da história e/da filosofia nos assuntos. E assim, referenciando-se bibliograficamente nas contribuições filosóficas de Davi Kopenawa, Ailton Krenak e Célia Corrêa Xakriabá este artigo se insere no debate colonial para pensar as frases destacadas.
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