Au-delà des entraves du langage qui capitalise
relations de corporalité, de langage et de décolonialité chez Fanon par les épistémologies indigènes brésiliennes.
DOI :
https://doi.org/10.30681/traos.v8i2.11669Mots-clés :
Décolonialité, études du langage, corporéitéRésumé
Cet article propose d'établir un dialogue entre deux prémisses de la philosophie de Frantz Fanon dans l'ouvrage Peau noire, masques blancs, sur l'ontologie du langage et le rapport à la corporéité, avec des perspectives indigènes brésiliennes. Pour cela, ont été analysés un premier énoncé de l'œuvre, « parler, c'est exister absolument pour l'autre », et un final, « Ma dernière prière : Ô mon corps, fais de moi toujours un homme qui s'interroge ! », de la perspective de Maldonado-Torres et une contextualisation de l'histoire et/de la philosophie dans les matières. Ainsi, en faisant référence bibliographiquement aux contributions philosophiques de Davi Kopenawa, Ailton Krenak et Célia Corrêa Xakriabá, cet article s'insère dans le débat colonial pour réfléchir aux phrases mises en évidence.
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