Sociolinguística e sua interface com o ensino: os marcadores conversacionais [é] e [tá] na oralidade de adolescentes de escolas públicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/2594.9063.2020v4n2id4649

Resumo

Pesquisadores da área de linguagem tem voltado seus estudos para entender fenômenos que ocorre na fala reconhecendo seus valores sociais e sua relação com o ensino. A presente pesquisa vincula se na área dos estudos da sociolinguística variacionista com a intenção de refletir sobre o uso dos marcadores conversacionais [é] e [tá] na oralidade de adolescentes de Dourados-MS, no sentido de verificar o seu efeito de sentido no discurso desses jovens. Para o desenvolvimento do estudo utilizamos como aporte teórico de investigação do uso dos marcadores estudos realizados por: Bagno (2003/2012), Bortoni-Ricardo (2004), Bueno e Silva (2012), Urbano (2010), Preti (2010), Marcuschi (2011), Tarallo (2007), e outros. Em relação ao uso dos marcadores [é] e [tá] foram analisados cento e quarenta e dois fenômenos linguísticos oriundos da fala espontânea. Sobre os resultados obtidos na pesquisa, é possível inferir que os falantes, alunos de diferentes faixas etárias se valem dos marcadores como recursos discursivos para dar coerência ao texto falado, com vistas a facilitar a comunicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elza Sabino da Silva Bueno, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista–FCL-UNESP/Assis-SP. Docente da graduação e da pós-graduação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS/Dourados-MS. É Coordenadora adjunta do Mestrado Profissional em Letras – Profletras e coordena o projeto de pesquisa “Apoio à qualificação docente: Profletras em MS”, Colaboradora no projeto de pesquisa “Memorias de professores : diálogos sobre o letramento e o ensino de língua portuguesa-Etapa II. E-mail: elza@uems.br

Lucas de Souza Machado, UEMS

Mestrando em Letras com ênfase em Sociolinguística Variacionista pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande), 2019-2021. Graduado em Letras com habilitação em língua portuguesa, língua espanhola e suas respectivas Literaturas também pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Dourados- Pólo), 2018. Atuou como professor convidado de Redação Oficial do Curso preparatório para concursos públicos- RCA (Rezando e Cantando se Aprende - em parceria com a Escola Franciscana Imaculada Conceição, Dourados -MS), 2018. Tem experiência na área de Letras voltado ao estudo da Sociolinguística Variacionista e Ensino de Língua Portuguesa e atualmente é professor substituto de língua portuguesa na SED (Secretaria de Estado de Educação) do Mato Grosso do Sul.

Neide Araújo Castilho Teno

Doutora em Educação/Letras. Docente Sênior do Programa de Mestrado Profissional em Letras–PROFLETRAS, e do Programa de Mestrado Acadêmico em Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS/Dourados. /Campo Grande. Colaboradora do projeto de pesquisa “Apoio à Qualificação Docente: PROFLETRAS em Mato Grosso do Sul” financiado com recurso da FUNDECT. Coordenadora do projeto de pesquisa “Memorias de professores: diálogos sobre o letramento e o ensino de língua portuguesa-Etapa II.

Referências

ANTUNES, I. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

BAGNO, M. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Língua Portuguesa. Ensino Fundamental. Terceiro e quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BUENO, E. S. da S.; MELO, R. B. dos S. Marcas da oralidade em textos de alunos do ensino fundamental e médio de escola pública. In BUENO, E. S. da S.. PRESSOTTO, P. H.. Estudos linguísticos e Literários I: um olhar da lato sensu. Dourados/MS: Editora UEMS. 2011.

BUENO, E. S. da S.; SILVA, R V. da. Contribuições da pesquisa sociolinguística ao ensino da língua portuguesa no Brasil. Edição atual - Anais do SIELP. Volume 2, Número 1. Uberlândia: EDUFU, 2012.

CASTILHO, A. T. de. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto. 1998.

CASTILHO, A. T. de. Nova Gramática do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto. 2016.

GÖRSKI, E. M. e COELHO. I. L. Sociolinguística e Ensino: contribuições para a formação do professor de língua. Florianópolis: Editora UFSC. 2006.

IDEB. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. 2017. Disponível em < http://ideb.inep.gov.br/> Acessado em: 03 de agosto de 2017.

LUFT, C. P. Língua e Liberdade. São Paulo: Ática. 1993.

MACHADO, L. de S.; BUENO, E. S. da S. Reflexão diacrônica acerca do clítico /se/ e sua manifestação na produção textual de alunos do ensino fundamental. Revista Philologus, v. 67, p. 1212-1233, 2017.

MARCUSCHI, L. A. Marcadores conversacionais no português brasileiro: formas, posições e funções. In.: CASTILHO, A. T. de (org.). Português culto falado no Brasil. Campinas: Editora UNICAMP, 2011.

MAROTE, J. T.; FERRO, G. Didática da língua portuguesa. 11ª ed. São Paulo: Ática, 1994.

PRETI, D. Análise de textos orais. São Paulo-SP: Humanitas, 2010.

SCHENEUWLY, B. DOLZ, J. Gêneros Orais e Escritos na Escola. 1. ed. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004.

TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e Interação: uma proposta para ensino no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez. 2009.

URBANO, H. Marcadores conversacionais. In PRETI, D. Análise de textos orais. São Paulo-SP: Humanitas, 2010.

Publicado

2021-05-14

Como Citar

Bueno, E. S. da S., Machado, L. de S., & Teno, N. A. C. (2021). Sociolinguística e sua interface com o ensino: os marcadores conversacionais [é] e [tá] na oralidade de adolescentes de escolas públicas. Traços De Linguagem - Revista De Estudos Linguísticos, 4(2). https://doi.org/10.30681/2594.9063.2020v4n2id4649

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)