Marco do Jauru, memorável do tratado de Madri: traçados históricos enunciativos que dizem dos limites entre Portugal e Espanha
DOI:
https://doi.org/10.30681/traos.v9i2.14111Palavras-chave:
Semântica Enunciativa, Temporalidade, Planta-Texto, Planta Arquitetônica, Marco do Jauru, MonumentoResumo
O texto, Marco do Jauru, memorável do Tratado de Madri: traçados históricos enunciativos que dizem dos limites entre Portugal e Espanha, integra um estudo mais abrangente sobre análises de plantas urbanas, planta arquitetônica e de monumento, de modo geral, consideradas na sua história na relação com textos que recortam memoráveis, e especificam uma história particular. Nesse sentido, objetivamos mostrar como o Marco do Jauru é tomado enquanto um monumento histórico que divide as fronteiras de Cáceres e do Estado de Mato Grosso, agenciado pelo memorável Tratado de Madri. O corpus se constitui de materialidades diversas e do Marco do Jauru. A ordenação teórico-metodológica se dá a partir dos estudos desenvolvidos Eduardo Guimarães (2002-2018); Dias (2018) e Cavenagh, (2016). Com as análises, é possível dizer que o Monumento, ao articular-se com elementos linguísticos e não linguísticos, constitui sentidos e significam no funcionamento de linguagem, por meio de modos de dizer, cuja temporalidade, a específica, significa, designa e historiciza acontecimentos únicos. Portanto, o Marco do Jauru, enquanto Monumento, produz sentidos de projeção e divisão geográfica nos aspectos físicos e políticos, plantado no e do espaço urbano tombado no centro histórico da cidade de Cáceres–MT.
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