PLANTAS MEDICINAIS NO ENSINO MÉDIO

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE BUSCAM RELACIONAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO AO CONHECIMENTO POPULAR DE ALUNOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/recs.v13i2.10759

Palavras-chave:

Biodiversidade, Educação básica, Etnobotânica, Qualidade de vida

Resumo

Objetivou-se realizar uma revisão sistemática da literatura, com intuito de investigar e obter informações sobre como a temática de plantas medicinais está sendo trabalhada na educação básica, especificamente no ensino médio. Foram realizadas buscas em repositórios institucionais de Universidades, sendo os trabalhos disponíveis em meios eletrônicos e de acesso público. Os artigos considerados foram aqueles de revista com score Qualis no mínimo B2 em Ciências Ambientais. Para melhor delimitação da amostragem, foram selecionados os trabalhos no período de 2012 a 2022. Foi possível verificar através de 17 pesquisas desenvolvidas em diferentes regiões do país, como a temática “Plantas medicinais” vem sendo abordada em sala de aula e práticas pedagógicas. A Teoria da Aprendizagem significativa, esteve presente em muitos trabalhos analisados, mostrando o quanto a temática pode ser usada como ferramenta para a valorização do conhecimento prévio dos estudantes e com isso, associar esse conhecimento popular ao conhecimento científico. As pesquisas apontam que as plantas medicinais se apresentam como tema que pode ser abordado em vários conteúdos do ensino médio, especialmente a Botânica. Entretanto, existem muitas outras possibilidades de conteúdos e disciplinas que possam abordar esse tema como forma de valorização do conhecimento prévio do estudante, contextualizando também o ensino científico. Portanto, a análise dos trabalhos permitiu verificar que independente da estrutura oferecida pelas escolas, é possível o desenvolvimento de práticas pedagógicas dinâmicas e atrativas, que tornem o ensino de disciplinas como biologia e química mais significativas.

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Biografia do Autor

Kalliandra Bruna Mendes Nogueira de Aquino, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

Mestra em Ciências Ambientais - PGCA da Universidade Federal de Rondônia - UNIR.  Especialista em Análises Clínicas pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED), Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (FACIMED). Atualmente é professora de biologia na Secretaria de Estado da Educação de Rondônia

Jerônimo Vieira Dantas Filho, Universidade Federal de Rondônia

Docente colaborador no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais - PGCA/UNIR e no Dep. de Medicina Veterinária/UNIR. Foi bolsista de Pós-doutorado da CAPES, no PROCAD/Amazônia (UNIR/USP) - mar/2021 a nov/2022, com ênfase em Sanidade Aquícola. Doutor na área de Ciência Veterinária, com ênfase em Tecnologia do Pescado), PPG em Sanidade e Produção Animal Sustentável na Amazônia Ocidental (PPGESPA/UFAC), Mestre em Ciências Ambientais (UNIR), Especialista em Biotecnologia (UCDB), Graduação tecnológica em andamento em Ciência de Dados - ênfase em Estatística Aplicada (UNESA) e Graduado em Engenharia de Pesca (UNIR). Consultor Externo do Comitê Técnico-Científico PIBIC/UNIR/CNPq e também PIBITI/UNIR/CNPq.

Sandro de Vargas Schons, Universidade Federal de Rondônia

Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade da Região da Campanha, URCAMP, em 2002, mestre e Doutorado em Patologia Animal pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEl) em 2005 e 2011, docente do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Campus de Rolim de Moura. Docente e Vice-coordenador do programa de Mestrado em Ciências Ambientais da UNIR.

 

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Publicado

20/12/2023

Como Citar

Mendes Nogueira de Aquino, K. B., Vieira Dantas Filho, J., & de Vargas Schons, S. (2023). PLANTAS MEDICINAIS NO ENSINO MÉDIO: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE BUSCAM RELACIONAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO AO CONHECIMENTO POPULAR DE ALUNOS. Revista Educação, Cultura E Sociedade, 13(2), 60–69. https://doi.org/10.30681/recs.v13i2.10759