UMA PSICOSE COLONIAL NAS AMÉRICAS: VISÕES DE UMA DISTOPIA BRASILEIRA EM A MORTE E O METEORO
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v16i42.10907Palavras-chave:
distopias brasileiras, colonialidade do poder, literatura brasileira contemporâneaResumo
Este artigo objetiva analisar os elementos distópicos da novela A Morte e o Meteoro (2019), de Joca Reiners Terron. A narrativa apresenta contornos próprios do que o autor considera caracterizar uma distopia brasileira, marcadamente, a tematização do fim da cosmovisão e modo de vida dos povos originários em função da imposição de uma racionalidade ocidental com o processo de colonização do continente americano. Traçando paralelos entre a tragédia que recai sobre o fictício povo kaajapukugi, epicentro da novela, e as apreensões históricas acerca do processo colonial brasileiro, são delineados os mecanismos pelos quais o caráter distópico da narrativa é desenvolvido.
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