O RACISMO ESTRUTURAL COMO BARREIRA PARA A EMANCIPAÇÃO FEMININA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS OBRAS ‘O DESPERTAR’ E ‘QUARTO DE DESPEJO’
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v17i48.12368Palavras-chave:
racismo estrutural, interseccionalidade, emancipação feminina, Carolina Maria de JesusResumo
Este trabalho analisa as protagonistas das obras Quarto de Despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus e O despertar, de Kate Chopin. Apresentamos o racismo enquanto barreira para a emancipação feminina ao comparar as suas trajetórias. Elencamos alguns aspectos que impactam no processo de ressignificação dos papéis das mulheres na sociedade: trabalho doméstico, maternidade, atuação da mulher como provedora da casa, assim como a interseccionalidade. Como arcabouço teórico, apoiamos-nos nos autores: Anzaldúa (2000), Davis (2016), Almeida (2019), e Fernandez (2008 e 2014). Por fim, depreendemos que dificilmente haverá emancipação para mulheres negras sem a superação do racismo.
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