A curva de compactação em Latossolos agrícolas deve ser sempre realizada sem reuso de amostras?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5327/rcaa.v16i2.2737

Palavras-chave:

Proctor normal. Densidade máxima do solo. Umidade crítica de compactação

Resumo

A obtenção da curva de compactação do solo a partir do reuso da amostra, altera as suas características, como a textura. Por isso, que na maioria das vezes recomenda-se o método sem reuso de amostras. Porém, será que se pode generalizar esse fato para todas as classes de solo? Diante dessa dúvida, o presente trabalho teve como objetivo verificar a influência do reuso e do não reuso de amostras de Latossolo Vermelho Distrófico (LVd) e do Latossolo Vermelho Eutroférrico (LVef) sob as curvas de compactação. O delineamento experimental empregado foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas (2 x 4), com quatro repetições. Os tratamentos (parcelas) foram: SC= preparo convencional e MN= mata nativa. As camadas(subparcelas) do solo avaliadas foram as de 0-0,10 e 0,10-0,20, nas quais foram determinadas a densidade máxima do solo (Dsmáx), a umidade crítica de compactação (Ugc) e a porosidade do solo. A variação da elevação da Dsmáx para a condição de reuso foi superior no LVd em relação ao LVef, por causa dos maiores teores de areia em detrimento aos de argila. As operações mecanizadas podem ser realizadas sem degradação física no LVd e LVef, respectivamente na faixa de 0,13 a 0,14 e de 0,23 a 0,24 kg kg-1 de conteúdo de água. Em LVd e para o LVef é praticamente indiferente os valores de Dsmáx e de Ugc, quando se usa o método sem e com reutilização de amostras.

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Biografia do Autor

  • Karina de Vares Rossetti, Unemat

    Departamento: Solos

    Área: Física e manejo do solo

  • José Frederico Centurion, Unesp/FCAV

    Departamento: Solos e adubos

    Área: Física e manejo do solo

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Publicado

2019-04-24

Edição

Seção

Engenharia Agrícola

Como Citar

A curva de compactação em Latossolos agrícolas deve ser sempre realizada sem reuso de amostras?. (2019). Revista De Ciências Agro-Ambientais, 16(2), 149-156. https://doi.org/10.5327/rcaa.v16i2.2737

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