O LIVRO PERDIDO: NARRAÇÃO E ESQUECIMENTO EM QUATRO-OLHOS
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v16i42.10855Palavras-chave:
Renato Pompeu, Quatro-olhos, memória, escrita fragmentadaResumo
O presente artigo trata do romance Quatro-Olhos, de Renato Pompeu, publicado em 1976, a partir de uma perspectiva de análise da narrativa. O objetivo é delimitar recursos estéticos usados pelo peculiar foco narrativo da obra, que alterna primeira e terceira pessoas, registros formais e informais da língua, enredos lineares e não-lineares. Observou-se que a dicotomia memória e esquecimento assume papel central no livro, pois é a partir das lacunas da lembrança que a linguagem fragmenta-se, tornando a narração, em especial do primeiro capítulo, em um mosaico de informações que desafiam o leitor a tentar compor alguma linearidade de enredo.
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Referências
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