CONCEIÇÃO EVARISTO E A TESSITURA DE PROJETO LITERÁRIO: A ANTESSALA DE INSUBMISSAS LÁGRIMAS DE MULHERES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.10950

Palavras-chave:

Literatura afro-brasileira, Conceição Evaristo, tessituras insubmissas, projeto literário evaristiano

Resumo

Este artigo se propõe a estudar o projeto literário de Conceição Evaristo e a trajetória percorrida no processo de escrita de Insubmissas lágrimas de mulheres. Objetiva-se friccionar escritos e descortinar paradigmas que compõem a teia literária evaristiana para rechaçar o demérito que a crítica literária emprega às suas obras ao classificá-las como meramente testemunhais. Para tanto, o artigo organiza-se em três partes: “Colher palavras: breves diálogos entre verdade e fabulação” e “Os (des)caminhos da produção literária de Conceição Evaristo: o ofício e o depoimento em xeque” e “A antessala e a urdidura literária evaristiana em Insubmissas lágrimas de mulheres”.

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Biografia do Autor

Luciely Silva, Universidade Federal Fluminense

Professora de Língua francesa e de Literaturas francófonas na Graduação em Letras e no programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado em Literaturas francófonas) na Universidade Federal Fluminense. Coordenadora dos Bacharelados do Instituto de Letras (2023-2026). Realizou estágio de pós-doutoramento em Literatura comparada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro com período de cooperação na Université des Antilles, Fort-de-France, Martinica. Doutora em Estudos de literatura na UFF com tese sobre a escrita epistolar. Na UFF cursou ainda mestrado em Literaturas francófonas com dissertação sobre a escritora canadense Nancy Huston (2009) e graduação em Letras (português-francês). Idealizadora, coordenadora e co-organizadora do Encontro Literatura, História e Pós-colonialidade, em sua quarta edição, e do Seminário Internacional de Literaturas Caribenhas, em sua terceira edição. Curadora do Ciclo Caribe Real & Sonhado, junto à Biblioteca do Consulado da França do Rio de Janeiro. Suas pesquisas acadêmicas contemplam os âmbitos da epistolografia e da francofonia. No que diz respeito às correspondências, publicou o livro Por um protocolo de leitura do epistolar (EdUFF, 2017). No campo da francofonia, privilegia o estudo de obras de expressão francesa do Caribe e publicou o livro Tradução em (ent)revista: Simone Schwarz-Bart e as tradutoras brasileiras (EdUERJ, 2021). Valoriza, igualmente, as interfaces entre as literaturas antilhanas, a literatura afro-brasileira contemporânea e produções pós-coloniais. Coordenou o Clube de leitura em francês na UFF, clube centrado em obras da África negra. Vinculou-se ao Núcleo de Estudos Canadenses da UFF de 2003 até setembro de 2018. Integra o Centre de la Francophonie des Amériques, o Conseil International d'Études francophones, a Associação Brasileira de Literatura Comparada, a Associação Brasileira de Estudos Canadenses e a Associação dos Professores de Francês do Estado do Rio de Janeiro. Foi laureada em concursos organizados pela Embaixada do Canadá, pela Embaixada da França, pela APFERJ, pela UNESCO e pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Fez cursos de aperfeiçoamento na Université Laval, no Québec e no CAVILAM de Vichy, com bolsas concedidas pelas Embaixadas dos governos canadense e francês, respectivamente. Ministrou palestras na UNEB, na UFBA, na UFRGS e na UFSC a convite da Embaixada do Canadá. Desenvolve atividades acadêmicas em cooperação com a Associação dos Professores de francês do Estado do Rio de Janeiro, com a BiblioMaison (Biblioteca do Consulado da França do Rio de Janeiro) e com o Setor de Relações acadêmicas e culturais da Wallonie-Bruxelles no Brasil. Integra a equipe de crítica literária da Pluton-Magazine, a convite do editor e escritor guadalupense Dominique Lancastre, realizando entrevistas com escritores caribenhos. Autora do romance Cama de gato (Coralina, 2022).

Vanessa Massoni da Rocha, Universidade Federal Fluminense

Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando principalmente no segmento da literatura afro-brasileira contemporânea e de autoria feminina. Desenvolveu pesquisa de iniciação científica intituladas: "Recordações, reviravoltas e pós-colonialidade: marcas do feminino negro na escrita de Maria de Jesus da Silva" (2020), "Das vivências coletivas às escritas insubmissas: o protagonismo feminino afro-brasileiro em contos de Conceição Evaristo" (2021) e, atualmente, "Ouvir o tempo: tessituras da velhice em narrativas brasileiras e caribenhas" no âmbito do projeto de pesquisa "Narrativas do avesso e avesso da História: vozes da (pós)colonialidade nas Antilhas francesas e no Brasil" coordenado pela professora Vanessa Massoni da Rocha.Cursou disciplinas voltadas para teoria da literatura e interdisciplinaridade. Realiza especialização no curso Superior Sequencial em Desafios Globais com ênfase em Desigualdades, aliando os estudos entre o eixo de culturas, identidades e linguagens ao de geopolítica, leis e direitos.

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Publicado

21/08/2023

Como Citar

Silva, L., & Rocha, V. M. da. (2023). CONCEIÇÃO EVARISTO E A TESSITURA DE PROJETO LITERÁRIO: A ANTESSALA DE INSUBMISSAS LÁGRIMAS DE MULHERES. Revista De Letras Norte@mentos, 16(44). https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.10950

Edição

v. 16 n. 44 (2023): DOSSIÊ: As Escrevivências de Conceição Evaristo: as mulheres negras no centro das narrativas

Seção

Dossiê Temático 2023/1 "As escrevivências de Conceição Evaristo: as mulheres negras no centro das narrativas"

Licença

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