“POIS ESCRITA ESTÁ NA PALMA E NA ALMA DE CADA UM”: AS MARCAS DA ESCREVIVÊNCIA NOS NARRADORES DE “A GENTE COMBINAMOS DE NÃO MORRER”, DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.11080

Palavras-chave:

literatura brasileira, Conceição Evaristo, escrevivência, crítica literária feminista

Resumo

Ao longo do tempo, a literatura brasileira foi constituída por diferentes vozes que lhe conferiram uma identidade própria. Entretanto, o volume de algumas das mais silenciosas vozes dessa cacofonia literária brasileira vem ganhando espaço, como é o caso de Conceição Evaristo. Além de sua produção literária, a autora cunhou o conceito de Escrevivência, prática literária fundamentada nas experiências sociais de pessoas subalternizadas, sobretudo mulheres negras. Neste artigo, refletimos sobre a importância da autora para a crítica literária feminista e analisamos como o conceito de Escrevivência está dinamizado nos narradores do conto A Gente Combinamos de Não Morrer, de Conceição Evaristo.

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Biografia do Autor

João Pedro Wizniewsky Amaral, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Possui doutorado e mestrado em Letras - Estudos Literários pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). É graduado em Letras - Português/Inglês e em Comunicação Social pela UFSM. Foi funcionário público estadual no Rio Grande do Sul, entre 2014 e 2019, atuando como professor de inglês e de literatura. Foi professor assistente de português na Towson University/MD durante os semestres de outono de 2019 e de primavera de 2020, É fundador e participante do projeto educomunicacional de extensão Estúdio de Criação. Em 2018, o projeto venceu o 11º Prêmio Professores do Brasil, promovido pelo MEC, na categoria Ensino Médio - Região Sul. Atualmente é professor substituto de Inglês na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Unidade Acadêmica de Letras.

Maria Julia Santos Porto, Universidade Federal de Campina Grande

Graduanda do 9 período em Letras - Inglês pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Atua como analista linguístico no Laboratório de Computação Inteligente Aplicada (LaCInA) da UFCG, e é bolsista de Iniciação Científica Júnior pela Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PAQTCPB) desde 2022. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no subprojeto Inglês da UFCG de 2020 a 2022. Participou do Programa Institucional Voluntário de Iniciação Científica (PIVIC) entre 2021 e 2022, no qual desenvolveu pesquisa na área de Literatura Comparada. Tem experiência com Língua Inglesa, ensino e suas literaturas correspondentes, e com análise de dados linguísticos em língua inglesa. Tem interesse em literaturas de língua inglesa, literatura comparada, obras de William Shakespeare, suas adaptações para outras mídias, releituras e reescritas, psicanálise e literaturas contemporâneas. 

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Publicado

21/08/2023

Como Citar

Amaral, J. P. W., & Porto, M. J. S. (2023). “POIS ESCRITA ESTÁ NA PALMA E NA ALMA DE CADA UM”: AS MARCAS DA ESCREVIVÊNCIA NOS NARRADORES DE “A GENTE COMBINAMOS DE NÃO MORRER”, DE CONCEIÇÃO EVARISTO. Revista De Letras Norte@mentos, 16(44). https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.11080

Edição

Seção

Dossiê Temático 2023/1 "As escrevivências de Conceição Evaristo: as mulheres negras no centro das narrativas"