A SÍNCOPE DE VOGAIS POSTÔNICAS NÃO-FINAIS NA MESORREGIÃO DO NORDESTE PARAENSE.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/rln.v17i50.12728

Palavras-chave:

síncope, atlas geossociolinguístico quilombola do nordeste do Pará, atlas léxico sonoro do Pará, geossociolinguística.

Resumo

A síncope de vogais postônicas não-finais reduz segmentos proparoxítonos em paroxítonos. Este estudo descreve e mapeia o fenômeno a partir dos dados dos projetos Atlas Geossociolinguístico Quilombola do Nordeste do Pará (AGQUINPA) e Atlas Léxico Sonoro do Pará (ALeSPA). Segue-se orientação da Geossociolinguística (RAZKY, 1998) e Geolinguística (CARDOSO, 2010). Utilizou-se o Questionário Semântico-Lexical (QSL) adaptado. Foram analisadas ocorrências em 7 localidades e 28 informantes, considerando seis variáveis, sendo três selecionadas pelo GoldVarbX: diatópica, contexto fonológico e sexo. O município de Bragança e as comunidades América e Cacau, na microrregião Bragantina e do Salgado, mostraram maior favorecimento a aplicação do fenômeno.

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Biografia do Autor

  • Dra. Marilucia B. de Oliveira, Universidade Federal do Pará

    Possui Graduação em Letras e Mestrado e Doutorado em Linguística, com Pós-doutorado na Espanha. É docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 1997. É professora Titular da UFPA, em cujo Programa de Pós-graduação atua orientando teses de mestrado e doutorado. Também atua no Profletras. Tem experiência na área de Linguística, especialmente em Sociolinguística e Dialetologia, com ênfase na variação e diversidades de capitais brasileiras e da Amazônia brasileira. Também tem interesse em Fonologia de Geometria de Traços. Nos últimos anos seu interesse central é descrever o perfil sociolinguístico do português falado em comunidades tradicionais, especialmente afro-brasileiras e indígenas. Além das pesquisas realizadas nessas comunidades, destacam-se, na produção da pesquisadora, o estudo da palatalização na região amazônica e nas capitais do Brasil, cujos resultados devem implicar uma reformulação do quadro de coronais que palatalizam no Português Brasileiro em posição prevocálica. Integrou a diretoria da Associação Brasileira de Linguística (Abralin), no período de 2013-2015, e é uma das fundadoras do Grupo de estudos Linguísticos da Amazônia Brasileira (GT ELIAB). Coordenou de 2009 a 2016 os processos de reserva de vagas para comunidades indígenas e quilombolas na Universidade Federal do Pará, participou do Grupo de Trabalho para a construção da cartografia de comunidades quilombolas no Pará (SECULT/PA, 2020-2021) e integrou o Projeto Banco Nacional de Itens para o Exame Nacional do Ensino Médio, na condição de coordenadora da área de Linguagens e suas tecnologias (UFPA). É diretora científica do Comitê Nacional do Projeto Atlas Linguístico do Brasil desde 2015. Integra o grupo de estudos Línguas, corpos e vozes sem fronteiras (LCVF) que resulta de cooperação entre a Universidade de Paris VIII, a Universidade Federal do Pará e Universidade Federal de Campina Grande, ocupando-se da variação de línguas de sinais. Integra a coordenação do EIXO 2 de Sociolinguística da ANPOLL: Contato, variação e identidade.

  • Ma. Ana Paula Magno, Universidade Federal do Pará

    Graduada no curso de Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA). Professora efetiva da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc). Possui experiência na área de Linguística, com ênfase em Fonética e Fonologia, Dialetologia, Sociolinguística e Geolinguística. Integra o Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), sob direção da Prof. Dr. Jacyra Andrade Mota, e atua como membro do Projeto Geossociolinguística e Socioterminologia (GeoLinTerm), sob coordenação do Prof. Dr. Abdelhak Razky e vice coordenação da Prof. Dr. Marilucia Barros de Oliveira. Atualmente, realiza pesquisas de variação fonética para o Projeto Cartografia da Palatalização no Brasil, seguindo os pressupostos teórico-metodológicos da Geossociolinguística.

  • Esp. Jamille Cardoso e Cardoso, Universidade Federal do Pará

    Graduada no curso de Letras - Língua Portuguesa (licenciatura) pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Integrou o Protejo de Pesquisa Cartografia da Palatalização como bolsista de Iniciação Científica PIBIC-UFPA (2017 - 2019), desenvolvendo pesquisas de variação fonética no Brasil, seguindo os pressupostos teórico-metodológicos da Geossociolinguística. Especialista em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia (FAM). Mestranda em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL/UFPA). Integra o Projeto Geossociolinguística e Socioterminologia (GeoLinTerm), sob coordenação do Prof. Dr. Abdelhak Razky e vice coordenação da Prof. Dra. Marilucia Barros de Oliveira.

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Publicado

26/11/2024

Edição

Seção

Dossiê Temático 2024/2: Formação de Professores/as e Ensino-Aprendizagem de Línguas: olhares para os estudos da diversidade linguística da Amazônia Brasileira

Como Citar

A SÍNCOPE DE VOGAIS POSTÔNICAS NÃO-FINAIS NA MESORREGIÃO DO NORDESTE PARAENSE. (2024). Revista De Letras Norte@mentos, 17(50), 116. https://doi.org/10.30681/rln.v17i50.12728

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