MEMÓRIAS DE ÍNDIA: UMA LEITURA DA LITERATURA INDÍGENA DE SULAMI KATY
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v14i35.7589Resumo
A literatura indígena tem ganhado cada vez mais destaque, possibilitando a autoexpressão desses sujeitos marginalizados e invisibilizados, colocando em perspectiva as condições de vida e os estereótipos impostos aos indígenas pelos não-índios. Sulami Katy é uma escritora indígena, remanescente de uma aldeia da Baia da Traição, localizada no litoral da Paraíba. Em sua obra infanto-juvenil, Meu lugar no mundo, publicada em 2005, a escritora traz relatos autobiográficos de diversos elementos de sua cultura, vivências na aldeia (mitos, rituais, crenças, etc.) e de duas viagens feitas por ela, uma para Campina Grande (PB) e outra para São Paulo (SP). Através de seus relatos somos convidados a voltar nossos olhos àqueles que, em geral, observam os índios com as lentes eurocêntricas. Isto é, pudemos observar como os não-índios, ainda nos dias atuais, nutrem estereótipos negativos acerca dos índios, colocando suas culturas em posição de inferioridade. Além disso, sua obra nos permite entrever questões de gênero e raça em comparação à cultura indígena e não-indígena, evidenciando também a memória como pedra basilar de sua construção literária, objetivando a (re)afirmação da identidade, resistência e luta.
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