ESTRUTURAS INTERROGATIVAS POLARES E INFORMACIONAIS NA LÍNGUA TENETEHÁRA-GUAJAJARA (TUPÍ-GUARANÍ)
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v13i33.7625Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar as propriedades gramaticais das estruturas interrogativas polares e informacionais na língua Tenetehára-Guajajára (família Tupí-Guaraní). Em termos metodológicos, o trabalho fundamenta-se principalmente no levantamento de dados linguísticos por meio de elicitações de sentenças e transcrição de narrativas orais. Como resultado, nota-se que, além dos padrões entonacionais da língua, as perguntas polares utilizam as partículas ra’a, aipo e ru’u, com a função de denotar dúvida sobre o conteúdo enunciado. Nas perguntas informacionais, por sua vez, além das partículas de dúvida, a língua dispõe dos pronomes interrogativos amo “quem” e ma’e “que”, os quais possuem as propriedades semânticas [+humano] e [-humano], respectivamente. A língua utiliza também o pronome interrogativo màràn “quanto” para denotar perguntas a respeito da quantidade relativa a determinado referente. Ademais, este pronome coocorre com a posposição zàwe “como” e com o complementizador mehe “quando”, para questionar o modo e a razão associados ao enunciado. O pronome interrogativo ma’enugar “qual (de um conjunto)”, por sua vez, é o expediente gramatical pelo qual construções que exibem a propriedade de exaustividade se realizam, o que caracteriza as perguntas identificacionais na língua. Por fim, neste artigo, são discutidas estruturas interrogativas indiretas, as quais, em termos morfossintáticos, estão contidas em sentenças afirmativas e imperativas.
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