DO “DIZER” AO “SER”: GRAMATICALIZAÇÃO DO VERBO DICENDI EM TEXTOS APURINÃ (ARUÁK)
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v13i33.7620Resumen
Em Apurinã, o verbo txa[1] significa ‘dizer’, mas a esta forma estão associados outros usos, com comportamentos morfossintáticos distintos (FACUNDES, 2000). Dada a impossibilidade de analisar txa sincronicamente como polissemia e considerar como homonímia não descarta uma possível relação histórica entre os diferentes usos de txa, propõe-se que esta forma verbal está passando por um processo de gramaticalização (HEINE, 2001), em que sua ocorrência como verbo dicendi teria dado origem a seus diferentes usos. Utilizou-se um corpus de 30 textos em Apurinã, a partir dos quais se buscou analisar as diferentes manifestações de txa, sob a perspectiva da gramaticalização.
[1]Chave para a ortografia da língua Apurinã: y = [i]; ts = [ts]; x [ʃ]; tx = [tʃ]; th = [c], as demais letras seguem o mesmo padrão do português.
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