A SERPENTE COMO ARQUÉTIPO DO MAL NA ESCRITURA SAGRADA E NA CULTURA CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Eduardo Santana Moreira Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.30681/rln.v18i54.13084

Palavras-chave:

Escritura Sagrada, Linguística cognitiva, Metáfora conceptual, Serpente.

Resumo

Este artigo explora a metáfora conceptual da serpente como símbolo de traição, manipulação e falsidade utilizando uma análise comparativa entre textos bíblicos e produções contemporâneas como memes, manchetes de jornais entre outros gêneros. O estudo tem como base as teorias de Lakoff e Johnson (1980) sobre a metáfora conceptual e investiga como essas metáforas moldam a percepção da realidade nas interações sociais e culturais revelando o impacto da serpente como arquétipo do mal. Por fim, a pesquisa evidencia que, a serpente, como símbolo de falsidade e manipulação ultrapassa os limites da narrativa bíblica e se insere de forma marcante na linguagem cotidiana — seja em memes, discursos públicos ou postagens nas redes sociais. A análise das metáforas envolvendo a figura da serpente demostrou como a linguagem metafórica não apenas molda, mas também reflete os valores e crenças da sociedade consolidando metáforas conceptuais como SERPENTE É TRAIÇÃO, SERPENTE É MANIPULAÇÃO e SERPENTE É FALSIDADE, que dão origem a diversas expressões metafóricas no uso social da linguagem.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGRA, Amanda. Pensador. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/NjU2NzE0/>. Acesso em: 17 abr. 2025.

BÍBLIA. Gênesis. Português. In: Bíblia, Versão King James, 2024.

BÍBLIA. Apocalipse. Português. In: Bíblia, Versão King James, 2024.

BORGES, Will. Pensador. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/MjM1MjA3Mg/>. Acesso em: 17 abr. 2025.

CALHEIROS, Pedriho. Pensador. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/MTY3MDUxNg/>. Acesso em: 17 abr. 2025.

CAMPUS, Teologico. Disponível em: <https://campusteologico.medium.com/como-a-serpente-se-tornou-satan%C3%A1s-c7ea16ea33ad>. Acesso em 17 abri. 2025.

CHERUBIM, S. Dicionário de figuras de linguagem. São Paulo: Pioneira, 1989.

GURGEL, M. C. L.; VEREZA, S. C. O dragão da inflação contra o santo guerreiro: um estudo da metáfora conceitual. Intercâmbio, v. 5, n. 1, p. 165-178, 2016.

HASKELL, R. (1987). Giambattista Vico and the discovery of metaphoric cognition. In Cognition and Symbolic Structures: The Psychology of Metaphoric Transformation. Norwold: Ablex Publishing Corporation.

HAWKES, T. (1977). Structuralism and Semiotics. London: Methuen & Co.

KAPPLER, C. (1994). Monstros, Demônios e Encantamentos no Fim da Idade Média. São Paulo: Ed. Martins Fontes.

LAKOFF, George; JOHNSON, Mark. Metaphors We Live By. Chicago: University of Chicago Press, 1980.

LAMA, E. C.; ABREU, A. S. (2001). A motivação metafórica das expressões idiomáticas na interface entre o português e o espanhol. In: ANUARIO BRASILEÑO DE ESTUDIOS HISPÁNICOS, 11, p. 53-66.

ROCHA, C. M. C. (2017). As expressões idiomáticas: unidades lexicais metafóricas sob a perspectiva semântica. E-Revista de Estudos Interculturais do CEI – ISCAP. n.º 5, p. 1-14.

SILVA, A. S. da. (1997). A Linguística Cognitiva: Uma breve introdução a um novo paradigma em Linguística. Revista Portuguesa de Humanidades I, Braga: Faculdade de Filosofia da U.C.P, p. 59-101.

ULLMANN, S. (1964). Semântica: uma introdução à ciência do significado. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Downloads

Publicado

12/09/2025

Edição

Seção

Artigos Estudos Linguísticos

Como Citar

Santana Moreira, E. (2025). A SERPENTE COMO ARQUÉTIPO DO MAL NA ESCRITURA SAGRADA E NA CULTURA CONTEMPORÂNEA. Revista De Letras Norte@mentos, 18(54), 28-43. https://doi.org/10.30681/rln.v18i54.13084