DO “DIZER” AO “SER”: GRAMATICALIZAÇÃO DO VERBO DICENDI EM TEXTOS APURINÃ (ARUÁK)

Autores

  • Marília Fernanda Fernanda Pereira de Freitas
  • Gabriela de Andrade Batista

DOI:

https://doi.org/10.30681/rln.v13i33.7620

Resumo

Em Apurinã, o verbo txa[1] significa ‘dizer’, mas a esta forma estão associados outros usos, com comportamentos morfossintáticos distintos (FACUNDES, 2000). Dada a impossibilidade de analisar txa sincronicamente como polissemia e considerar como homonímia não descarta uma possível relação histórica entre os diferentes usos de txa, propõe-se que esta forma verbal está passando por um processo de gramaticalização (HEINE, 2001), em que sua ocorrência como verbo dicendi teria dado origem a seus diferentes usos. Utilizou-se um corpus de 30 textos em Apurinã, a partir dos quais se buscou analisar as diferentes manifestações de txa, sob a perspectiva da gramaticalização.


[1]Chave para a ortografia da língua Apurinã: y = [i]; ts = [ts]; x [ʃ]; tx = [tʃ]; th = [c], as demais letras seguem o mesmo padrão do português.

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Biografia do Autor

Marília Fernanda Fernanda Pereira de Freitas

Doutora em Linguística pela Universidade Federal do Pará e professora da Faculdade de Letras no Instituto de Letras e Comunicação (UFPA).

Gabriela de Andrade Batista

Mestranda em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Letras, na Universidade Federal do Pará.

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Publicado

18/11/2020

Como Citar

Freitas, M. F. F. P. de, & Batista, G. de A. (2020). DO “DIZER” AO “SER”: GRAMATICALIZAÇÃO DO VERBO DICENDI EM TEXTOS APURINÃ (ARUÁK). Revista De Letras Norte@mentos, 13(33). https://doi.org/10.30681/rln.v13i33.7620