“MARIA, MARIA MISTURA DE DOR E ALEGRIA”: AS MEMÓRIAS DOS BECOS
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v16i44.11605Palabras clave:
Literatura e vida social, vozes subalternizadas, poder, Conceição EvaristoResumen
Este artigo propõe verificar as representações da mulher negra no Brasil a partir do romance Becos da memória, de Conceição Evaristo, a fim de ampliar a discussão sobre o racismo estrutural, destacando, dentre outros pontos, questões de identidade e subalternidade histórica. Para abordar as representações do racismo estrutural na literatura afro-brasileira, busca-se aporte teórico nas teses postuladas por Arendt (2020), Ribeiro (2021), Candau (2016), dentre outros. Ao discorrer nesta narrativa sobre o encontro das vivências, suas formas e representações da busca e reencontro, mesmo atreladas ao racismo estrutural, é possível perceber, na obra, a possibilidade de a mulher preta produzir fala e fazer-se ouvir, a partir de suas ações de poder com as suas e seus, neste ambiente de subalternidade, alicerçado sob o prisma do racismo estrutural.
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