REFLEXÕES SOBRE REPRESENTAÇÕES E IDENTIDADES
O ENSINO E A APRENDIZAGEM DE ESPANHOL E FRANCÊS EM DIÁLOGO
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v18i51.13766Palabras clave:
representações, identidades, ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, Espanhol, FrancêsResumen
O processo de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras é permeado por representações tanto daqueles que ensinam quanto daqueles que aprendem (Kulikowski; González, 1999), e essas representações (re)constituem as identidades dos sujeitos envolvidos no processo, podendo tanto prejudicá-los como favorecê-los. Neste trabalho, interessa-nos refletir sobre como as representações, no que se refere às línguas e ao ensino e à aprendizagem de línguas estrangeiras, influenciam nossas identidades em um processo dialógico com a alteridade: docentes de espanhol - aprendentes de francês. Nesse sentido, objetivamos discutir, a partir da teoria das representações (Kulikowski; González, 1999; Moscovici, 2015) e da teoria das identidades em diálogo (Pesavento, 1995; Bakhtin, 2003), nosso processo de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. Todas as reflexões aqui empreendidas são permeadas por nossas experiências, tanto no que tange às práticas de docentes, de pesquisadoras e de aprendentes de línguas estrangeiras, quanto à luz dos aportes teóricos citados. Os caminhos percorridos revelam nossas inquietações em relação ao mercado linguístico, ao valor simbólico das línguas em questão (Bourdieu, 2013); aos contextos históricos, políticos e educacionais nos quais ocorre(ra)m o ensino e a aprendizagem de cada língua em questão; bem como às epistemologias presentes em nossos percursos de estudo.
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Referencias
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