FORMAÇÃO NOS ESPAÇOS ESCOLARES: educação do campo e políticas públicas - a educação que temos e a educação que queremos
DOI:
https://doi.org/10.30681/ecs.v15i2.13320Palavras-chave:
Educação do Campo, Políticas Públicas, Formação Camponesa, Identidade e Protagonismo.Resumo
Este artigo investiga a formação e as políticas públicas na Educação do Campo no município de Cáceres-MT, com foco na discrepância entre a educação atual e as aspirações das comunidades camponesas. O objetivo é analisar, sob uma perspectiva crítica e histórica, as experiências dos movimentos sociais e a produção social de conhecimentos que informem políticas públicas que fortaleçam o campo como espaço de construção social, econômica e cultural. A pesquisa revelou um distanciamento significativo entre as políticas públicas existentes e as demandas eminentes das comunidades. A metodologia incluiu pesquisa de campo e investigação documental, com a realização de audiências públicas e debates em distritos e comunidades, visando levantar e sistematizar as necessidades e propostas dos camponeses. Os autores basilares que fundamentaram as discussões foram Arroyo (2004), Freire (1987), Marx (1979), Machado (2021 e 2022) e Zart (2012, 2019 e 2020). Os resultados indicam que a educação atual nas escolas do campo não atende aos anseios locais, que buscam uma formação que valorize a cultura regional e promova a permanência no campo. As audiências públicas destacaram a necessidade de integrar saberes locais e garantir uma vida digna e sustentável. A pesquisa conclui que é fundamental fortalecer a organização comunitária e adotar uma abordagem participativa na formulação de políticas públicas, visando uma educação do campo que reflita as necessidades e desejos dos(as) camponeses(as).
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