O empoderamento das mulheres-professoras no espaço da educação através da feminização-feminilização do magistério
DOI:
https://doi.org/10.30681/ecs.v7i1.2588Resumo
O artigo aborda o processo de feminização-feminilização do magistério, enquanto a presença majoritária das mulheres na profissão e os atributos de gênero decorrentes de construções sociais, para abordarmos o empoderamento das mulheres no espaço da educação. Fundamentamos este artigo na categoria de gênero (LOURO, 1997a; SCOTT, 1990), que problematiza os binarismos das relações entre o masculino e o feminino (SAFFIOTI, 1999) e na discussão sobre o poder (FOUCAULT, 1979), que destaca a sua face positiva, dinâmica e microfísica. Esta pesquisa, de natureza qualitativa busca uma aproximação da realidade, através do seu significado (MINAYO, 1994). A análise de conteúdo, como técnica de análise de dados (BARDIN, 1977), nos ajuda a buscar o conteúdo latente da feminização do magistério. Identificamos, portanto, que a escola é compreendida como um espaço de emancipação socioprofissional para as mulheres-professoras, uma vez que, através dela, estas mulheres conquistaram sua inserção no mundo do trabalho e buscaram ressignificar as suas identidades de gênero e profissional (ALMEIDA, 1998; SANTOS, 2004). Este dado desmitifica a ideia da entrada das mulheres no magistério como uma concessão masculina e da associação entre desvalorização da profissão e presença feminina. Além disso, destacamos a positividade do poder, através dos movimentos de resistência das mulheres-professoras, que souberam usufruir dos atributos de gênero, construídos socialmente para elas; e mais ainda, conseguiram fazer exercícios de rupturas em relação a estes atributos, construindo representações do magistério referentes à condição de profissão.
Palavras-chave: relações de gênero; feminização do Magistério; poder.
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