A DISCRIMINAÇÃO DA INTELLIGENTSIA NO CAMPO CIENTÍFICO BRASILEIRO

Autores

  • Roberta Areas
  • Ademir E. Santana Centro Internacional de Física, Universidade de Brasília,70910-900, Brasília, DF.
  • Márcia C. Barbosa Instituto Internacional de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 91501-970, Porto Alegre, RS.

DOI:

https://doi.org/10.30681/ecs.v10i3.3943

Resumo

Neste trabalho propomos a utilização do termo Discriminação da Intelligentsia para descrever o insidioso processo de exclusão que as mulheres sofrem para ascender às posições de liderança no Campo Científico brasileiro. Para tanto, partimos do princípio de que a ciência é uma das principais estruturas sobre a qual as sociedades modernas se apoiam, de maneira que uma análise da distribuição do poder nesse campo, é também, uma análise da distribuição do poder no campo social, e vice-versa. Foi analisada a ocupação das presidências das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa nos anos de 2005, 2010 e 2015, e constatado que a presença feminina correspondeu, em média, a 13% dos postos. Conclui-se que esse tipo de desigualdade é reflexo da estrutura androcêntrica que fundamenta a  Discriminação da Intelligentsia no campo científico e que, ignorar que gênero importa para a produção do conhecimento é uma das maneiras de reforçar o status quo, pois os processos discriminatórios vigentes somente serão freados por meio de alterações estruturais porque a arquitetura atual tende a perpetuação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

28/10/2020

Como Citar

Areas, R., Santana, A. E., & Barbosa, M. C. (2020). A DISCRIMINAÇÃO DA INTELLIGENTSIA NO CAMPO CIENTÍFICO BRASILEIRO. Revista Educação, Cultura E Sociedade, 10(3). https://doi.org/10.30681/ecs.v10i3.3943