OS PRIVILÉGIOS DA BRANQUITUDE E A REPRODUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Autores

  • Matheus Monteiro Nascimento Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.30681/ecs.v10i2.4002

Resumo

Os estudos críticos da branquitude tiveram a sua emergência em meados dos anos 1990. Esta perspectiva surge no contexto das pesquisas sobre as relações étnico-raciais a fim de problematizar toda uma estrutura de favorecimento da população branca. Tentando dar visibilidade a esta estrutura, no presente estudo tem-se o objetivo de analisar de que maneira os privilégios simbólicos da branquitude se materializam no acesso ao ensino superior público brasileiro. As análises foram realizadas tendo como base os dados do Exame Nacional do Ensino Médio de 2018. Os resultados mostram que os brancos tendem a acessar cursos e futuramente seguirem em profissões de maior potencial remuneratório. Esta vantagem é o produto de toda uma estrutura de favorecimentos historicamente construída. Como exemplo, selecionando estudantes de mesmo nível de capital econômico, os candidatos brancos possuem uma melhor estrutura domiciliar para a realização dos estudos pelo fato de possuíram mais acesso à internet e mais computadores para utilização do que alunos pretos, pardos, indígenas ou amarelos. Todos resultados são analisados à luz dos estudos de teóricos brasileiros da branquitude.

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Biografia do Autor

Matheus Monteiro Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutor em Ensino de Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Professor Adjunto do Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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Publicado

10/07/2020

Como Citar

Nascimento, M. M. (2020). OS PRIVILÉGIOS DA BRANQUITUDE E A REPRODUÇÃO DE DESIGUALDADES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Revista Educação, Cultura E Sociedade, 10(2). https://doi.org/10.30681/ecs.v10i2.4002

Edição

Seção

Artigos