OS ESPAÇOS DE (NÃO) FALA DAS CRIANÇAS NAS IDADES MÉDIA, MODERNA E CONTEMPORÂNEA
CRIANÇA-ADULTO, FILHO-ALUNO E SUJEITO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.30681/recs.v13i2.8801Palavras-chave:
Crianças, Infâncias , Fala, Linguagem, HistóriaResumo
Neste artigo, realizamos reflexões sobre os espaços de fala das crianças, ou a ausência desse espaço e, portanto, da voz infantil, a partir de três imagens da infância – criança-adulto, filho-aluno e sujeito social relacionadas, respectivamente, aos períodos da Idade Média, Moderna e Contemporânea. Para isso, fundamentamo-nos nos seguintes autores: Ariès (2006), Rousseau (1995), Heywood (2004), Sarmento (2007) e Zabalza (1998). A metodologia inscreve-se em um estudo bibliográfico, por meio do qual construímos nossas reflexões. As análises demonstram que os espaços de fala das crianças foram mudando em consonância com as mudanças nas concepções de infâncias e crianças ao longo desses períodos e sinalizam que as crianças vêm conquistando seus espaços de fala nas sociedades contemporâneas, a partir do entendimento de que elas compõem um grupo social específico que tem direitos e tem voz.
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