A TRAJETÓRIA DA EAD NO BRASIL
UM OLHAR DO INSTITUCIONALISMO SOCIOLÓGICO
DOI:
https://doi.org/10.30681/ecs.v14i1.12233Palabras clave:
Institucionalismo, Educação a Distância, Hermenêutica de ProfundidadeResumen
O presente estudo tem por objetivo propor uma abordagem em gerações da EaD a partir da perspectiva institucional sociológica para a mudança no campo da educação no Brasil. Para operacionalizar a pesquisa utilizou-se a Hermenêutica de Profundidade em três momentos: análise sócio-histórica, análise formal e interpretação/reinterpretação. As fontes de dados para as análises foram constituídas por estudos realizados sobre o assunto entre 1904 a 2020, dados secundários dispostos em relatórios educacionais e setoriais, e atos normativos da modalidade de 1990 a 2020. Na tentativa de avançar as gerações propostas por outros autores, os achados deste estudo demonstram a possibilidade de gerações da EaD a partir da dinâmica entre as lógicas institucionais, como a inserção da modalidade, o declínio histórico do Estado como provedor. Outra lógica demonstrada foi a do Estado Burocrático, a qual ocorreu pelo caminho histórico normativo e o fortalecimento tecnológico, período em que houve apelo as sanções do Estado e a inserção de novas e mais rápidas tecnologias. Por fim, a última geração demonstra a sobreposição da iniciativa privada e a busca da qualidade, que caracterizou o formato institucional após a mudança.
Descargas
Referencias
AFONSO, A. M. M.; GONZALEZ, W. R. C. Educação Profissional e Tecnológica: análises e perspectivas da LDB/1996 à CONAE 2014. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 24(92), 719-742. 2016.
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, 10 (1), p. 83-92. 2011.
ALVES, R. M.; ZAMBALDE, A. L.; FIGUEIREDO, C. X. Ensino a distância. UFLA/FAEPE, p. 86. 2004.
BERGER, P. L., LUCKMANN, T. The social construction of reality: A treatise in the sociology of knowledge. New York: Penguin Books. 1991.
CAMARA, L. A educação na Constituição Federal de 1988 como um direito social. Revista Direito Em Debate, 22(40), p. 4-26. 2013.
CARVALHO, D. P. D. A nova lei de diretrizes e bases e a formação de professores para a educação básica. Ciência & Educação (Bauru), 5(2), 81-90. 1998.
CASTANHO, S. M. A trajetória da educação a distância no Brasil. In fórum de licenciatura em história, 1, 1-9. 2012. Disponível em:
http://www.indev.com.br/semana/trabalhos/2012/5.pdf. Acesso em: 2 mai. 2020.
CASTELLS, M. Para o Estado-rede: globalização econômica e instituições políticas na era da informação. Sociedade e Estado em transformação. São Paulo: Editora UNESP. 1999.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez editora. 2018.
CORBUCCI, P. R.; KUBOTA, L. C.; MEIRA, A. P. B. Evolução da educação superior privada no Brasil: da reforma universitária de 1968 à década de 2010. Revista Radar, v. 46, p. 1 – 6. 2016.
COSTA, K. D. S.; FARIA, G. G. EAD, sua origem histórica, evolução e atualidade brasileira face ao paradigma da educação presencial. In Congresso Internacional ABED de Educação a Distância. 2008.
DELLAPOSTA, D., NEE, V., OPPER, S. Endogenous dynamics of institutional change. Rationality and Society, 29(1), p. 5-48. 2017.
SANTOS, L. C., MENEGASSI, C. H. M. A história e a expansão da educação a distância: um estudo de caso da Unicesumar. Revista Gestão Universitária na América Latina- GUAL, 11(1), p. 208-228. 2018.
DOURADO, L. F. Reforma do Estado e as políticas para a educação superior no Brasil nos anos 90. Educ. Soc., Campinas, v. 23, n. 80, p. 234-252. 2002.
DUTRA, N. L. L. A expansão do ensino superior privado a partir de 1990: limites e possibilidades. Revista do Difere. V. 2, n.4, p. 1-19. 2012.
FAVERO, M., GUIMARÃES, A. Lógicas Institucionais: Um Estudo em uma Organização Privada de Ensino Superior do Sul do Brasil. Revista de Administração IMED, 9(1), 150-166. 2019.
FISCHER, M. C. B., FRANZOI, N. L. Saberes do trabalho: situando o tema no campo trabalho-educação. Revista Trabalho Necessário, v. 13, p. 147-172. 2015.
FRIEDLAND, R., ALFORD, R.R. Bringing society back in: symbols, practices, and institutional contradictions. In: Powell, W.W., & Dimaggio, P. The new institutionalism in organizational analysis (pp. 232-263). Chicago: University of Chicago Press. 1991.
GIOLO, J. Educação a distância: tensões entre o público e o privado. Educação & Sociedade, 31(113), p. 1271-1298. 2010.
GONÇALVES, R. C. D. M. G., FREGONESI, M. S. F. D. A., MOREIRA, V. B. Respostas
a lógicas institucionais conflitantes: um estudo da participação nos lucros e resultados. Organizações & Sociedade, 27(92), 70-94. 2020.
HALL, P. A.; TAYLOR, R. C. The three versions of neo-institutionalism. Lua Nova: Revista de cultura e política, (58), p. 193-223. 2003.
HERMIDA, J. F.; BONFIM, C. R. D. S. A educação à distância: história, concepções e perspectivas. Revista Histedbr On-line, p.166-181. 2006.
HERMIDA, J. F.; DE SOUZA LIRA, J.O Programa Escola Livre em Alagoas, a crise de acumulação do capital e o fortalecimento da direita política brasileira. Revista Exitus, 8(1), p. 141-170. 2017.
HERNANDES, P. R. A Universidade Aberta do Brasil ea democratização do ensino superior público. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 25(95), p. 283-307. 2017.
HODGSON, G. A. Evolução das instituições: uma agenda para pesquisa teórica futura. Revista Econômica, 3(1), p. 97-125. 2001.
JONSEN, K., FENDT, J.; POINT, S. Convincing qualitative research: what constitutes persuasive writing?. Organizational Research Methods, 21(1), 30-67. 2018.
LEITE, F. P. A.; SEGANTIN, A. F. Educação inclusiva: os avançados legislativos nos 30 anos da Constituição Federal de 1988. Educação & Linguagem, 21(2), p. 119-140. 2018.
LESSA, L. L.; CHAGAS, A. Tecnologias da informação e comunicação na EaD. Qual o papel do professor e do aluno neste contexto. In Simpósio de Educação e Comunicação. 2016. Disponível em: http://geces.com.br/simposio/anais/wp- content/uploads/2015/03/TIC_na_EAD.pdf. Acesso em: 21 jul. 2020.
MAIA, C. E.; MATTAR, J. ABC da EaD: educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2007.
MANZAN, A. P. A. L.; ALMEIDA JÚNIOR, A. J.; DAS DORES TERUEL, V. Educação
a distância: aspectos históricos, legais e procedimentais. In Anais do Encontro de Pesquisa em Educação e Congresso Internacional de Trabalho Docente e Processos Educativos, 1(1), p. 23-37. 2013. Disponível em:
http://www.revistas.uniube.br/index.php/anais/article/view/670. Acesso em: 5 out. 2021.
MAUÉS, O.A reconfiguração do trabalho docente na educação superior. Educar em Revista, v. 1, p. 141-160. 2010.
MOORE, M. G; KEARSLEY, G. Educação a Distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning, 398 p. 2008.
MORAN, J. M. O ensino superior à distância no Brasil. Educação & Linguagem, 12(19),
p. 17-35. 2009.
PAIVA, V.L.M.O. O papel da educação a distância na política de ensino de línguas. In: Mendes et al. (Orgs) Revisitações: edição comemorativa: 30 anos da Faculdade de Letras/UFMG. Belo Horizonte: UFMG/FALE, p. 41-57. 1999.
PAULA VILLELA, A.; MESQUITA, V. S. Educação a distância.CIET:EnPED, Congresso Internacional de Educação e Tecnologias. 2018. Disponível em: http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/49. Acesso em: 2 jun. 2020.
PIMENTEL, N. M. O Desenvolvimento e o Futuro da Educação a Distância no Brasil.
Revista Inclusão Social, 10(1), p.132-146. 2016.
REZENDE, F. C. Convergências e controvérsias sobre a mudança institucional: modelos tradicionais em perspectiva comparada. Revista de Sociologia e Política, 20(41),
p. 37- 51. 2012.
RODRIGUES, I.; FREITAS, A. S.; JESUS, E. Z. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Estudos em virtude dos 20 anos da Lei n. 9.394/1996. São Paulo: Editora Ltr. 2017.
ROMÃO, F. L. Brasil década de 90: a recorrência das desigualdades sociais em meio a muitas transformações. Trabalho apresentado no XI Congresso Brasileiro de Sociologia. 2003. Disponível em: http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task. Acesso em: 9 fev. 2020.
SANTOS, E. S.; VIEIRA, D. A. F. A.; SANTOS, S. S. O impacto da educação a distância nos cursos de graduação: o caso da Ufpb – virtual. 2013. Disponível em: http://www.anpae.org.br/simposio26/1comunicacoes/EdileneSilvaSantos- ComunicacaoOral-int.pdf. Acesso em: 10 jan. 2021.
SAVIANI, D. Educação brasileira: estrutura e sistema. São Paulo: Autores associados. 2018.
SEGENREICH, S. C. D. Desafios da educação à distância ao sistema de educação superior: novas reflexões sobre o papel da avaliação. Educar em Revista, 22(28), p. 161-
2006.
SHAND, W. Exploring institutional change: The contribution of co-production to shaping institutions. IIED Working Paper. IIED, London. 2015.
Silva Júnior, J. R. Reforma do Estado e da Educação no Brasil de FHC. São Paulo: Xamã, No 24, p. 78-24. 2002.
SLONGO GARCIA, B. E. Mudança institucional e formação de oligopólio: análise do campo da educação superior à distância no Brasil. Dissertação (Mestrado em Contabilidade). Universidade Federal do Paraná – PPGCONT. Curitiba. 2019.
SOUSA TAVARES, P. H.; &MAUÉS, O. C. Expansão Da Educação Superior Pós-Ldb De 1996 E Constituição De Oligopólios Transnacionais No Estado Do Pará. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, 4(1), p. 31-43. 2013.
SOUZA, M. M. P.; SILVA, W. V. K. M. Fundamentos históricos da Educação a Distância: políticas e práticas do EaD no Brasil. Maringá: nd. 2011.
THOMPSON, J. B. Ideologia e Cultura Moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação em massa. Tradução do Grupo de Estudos sobre Ideologia, Comunicação e Representações Sociais da Pós-graduação do Instituto de Psicologia da PUCRS. 9.ed. Petrópolis: Vozes. 2011.
VIEIRA, E. A. O.; CUNHA, D. M.; MARTINEZ, M. L. História da educação a distância no brasil, algumas provocações. Perspectivas em Políticas Públicas, 9(2), p. 121-148. 2016.
VILAÇA, M. L. C. Pesquisa e ensino: considerações e reflexões. Revista e-scrita: Revista do Curso de Letras da UNIABEU, 1(2), p. 59-74. 2010.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Revista Educação, Cultura e Sociedade

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
A Revista Educação, Cultura e Sociedade – RECS utiliza o Padrão de Licença Creative Commons na modalidade Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0).
Deste modo, você é livre para:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato;
Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material.
Nos seguintes termos:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
ShareAlike — Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.