O Estado e as políticas educacionais: o discurso humanitário da inclusão das pessoas com deficiências
DOI:
https://doi.org/10.30681/ecs.v7i2.2887Resumo
Este trabalho de natureza teórica tem como objetivo analisar o discurso humanitário da inclusão das pessoas com deficiências propaladas pelo Banco Mundial. Em um primeiro momento tentamos desvendar as bases de sustentação do Estado Moderno e a qual classe o Estado está a serviço. Com as novas composições de forças o capitalismo cria novos mecanismos de dominação e inculcação ideológica. Dentro desta lógica o Banco Mundial torna-se o maior organismo financista em educação, nos países da América Latina, emprestando dinheiro e prestando assessoria técnica. Cria as condições necessárias para o surgimento de um novo ethos[1] voltado para o aprimoramento das competência se da gestão e naturaliza a exploração e a dominação. A ênfase dada nas últimas décadas na diminuição da pobreza e na exclusão social são demandas específicas para a própria sobrevivência da organização societária que construímos. Neste mote as políticas educacionais são tensionadas a incluir na escola comum as pessoas com deficiências, tendo como premissas um viés econômico, alegando que as escolas especiais geram altos custos e beneficiam uma minoria de alunos. Todavia a ênfase é de um discurso humanitário e de igualdade de direitos e oportunidades apontadas pelo Banco Mundial e pelos seus interlocutores no Estado brasileiro.
Palavras-chave: estado; Banco Mundial; inclusão de pessoas com deficiências.
[1]Ethos é uma palavra com origem grega. É usada para descrever o conjunto de hábitos ou crenças que definem uma comunidade ou nação. O ethos também exprime o conjunto de valores característicos de um movimento cultural ou de uma obra de arte, neste caso, nos referimos a palavra ethos como sinônimo de ideias dominantes.
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