SONETO DE IDENTIDADE: O PORTUNHOL SELVAGEM NA POESIA DE DOUGLAS DIEGUES
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v17i47.11900Palavras-chave:
Palavras-chave: fronteira, poesia, portunhol.Resumo
Da reflexão da poesia de Diegues (2002), analisamos o uso do portunhol no soneto 8 do livro “Dá gusto andar desnudo por estas selvas: Sonetos Selvajes”. Inicialmente, reconhecemos como língua de manifesto e identidade estabelecida na fronteira, também utilizada pelo poeta como um artefato literário. Numa visão dialógica entre o fazer literário, abordamos o tradicional soneto, transmudado em uma língua informal, analisada sob as premissas de Sturza (2019) e Maingueneau (2005). Por fim, apresentamos o poema, com ênfase no discurso empregado sob o jogo de palavras nas manifestações do portunhol selvaje, o qual ganha espaço na literatura nos versos de Diegues.
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