“DE QUANTAS VERDADES SE FAZ UMA MENTIRA?” A DES)(RE)CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E O MULTICULTURALISMO EM AS MULHERES DO MEU PAI, DE JOSÉ EDUARDO AGUALUSA
DOI:
https://doi.org/10.30681/rln.v15i41.10608Palavras-chave:
Literatura angolana, Identidade, Memória, MulticulturalismoResumo
A proposta deste texto consiste em empreender um estudo crítico-analítico das abordagens de temáticas culturais, sociais e identitárias inscritas no romance As mulheres do meu pai (2007). A pesquisa é essencialmente bibliográfica e analítica, respaldada teoricamente nos estudos de questões concernentes à memória, identidade e cultura, elaborados por Le Goff (2003), Bauman (2005), Candau (2019), Hall (2005 e 2013), Ricouer (2007), Bhabha (2007) e Jobim (2013). A narrativa de Agualusa apresenta características marcantes que se referem diretamente a fatores geográficos, históricos e culturais angolanos, que são influenciados por aspectos de outras culturas, de outros países. Questões sobre a construção social e identidade são fulcrais em suas histórias promovendo o diálogo entre culturas e as representações, por meio de suas personagens, interligando principalmente Angola e Portugal.
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