O “PRINCÍPIO DE CORRESPONDÊNCIA” EM SAMUEL BOWLES E HEBERT GINTES: UMA REFLEXÃO EM TORNO DA RELAÇÃO EDUCAÇÃO-TRABALHO

Autores

  • Flávio Rovani de Andrade
  • Sidnei Ferreira de Vares

Palavras-chave:

sistema educacional, sistema produtivo, capitalismo, correspondência, contradição.

Resumo

O presente artigo visa a mapear historicamente o despontar do paradigma da reprodução, ancorado na análise de Samuel Bowles e Herbert Gintes, representantes do referido paradigma, e seu “princípio de correspondência”. Ao analisar a relação entre sistema educacional e sistema produtivo, esses economistas americanos, de herança marxista, lançam as bases para a compreensão da reprodução social via escolarização. Longe de serem uma unanimidade nos meios acadêmicos, muitas críticas foram direcionadas aos dois teóricos, sobremaneira ao seu “princípio de correspondência”. A maior parte dos opositores aponta a ausência de elementos de contradição no trabalho promovido por Bowles e Gintes, o que justificaria as críticas ao mecanicismo e funcionalismo atribuídos aos dois economistas. Contudo, num artigo publicado em 1981, Bowles e Gintes buscam contornar essas fragilidades, por meio de uma autocrítica, sem, no entanto, descartar o “princípio de correspondência”

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Publicado

2019-09-27

Como Citar

ANDRADE, Flávio Rovani de; VARES, Sidnei Ferreira de. O “PRINCÍPIO DE CORRESPONDÊNCIA” EM SAMUEL BOWLES E HEBERT GINTES: UMA REFLEXÃO EM TORNO DA RELAÇÃO EDUCAÇÃO-TRABALHO. Revista da Faculdade de Educação, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 117–139, 2019. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/ppgedu/article/view/3758. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGO