IDENTIDADE “DO CAMPO” OU DIFERENÇA? ENTRE CAMPOS, ENTRE RIOS, ENTRE INFÂNCIAS
Palabras clave:
crianças ribeirinhaspantaneiras, currículo, cotidianos, educação do campo.Resumen
Este artigo apresenta experiências coletivas de crianças e suas infâncias nas artes de fazer seus cotidianos entre a escola e a comunidade a caminho da fronteira Brasil/Bolívia, município de Cáceres/MT. Os Estudos Cotidianos (Michel de Certeau, 2001, 2013) e as Narrativas (Walter Benjamin, 2002, 2012) constituíram-se em opções político-teórico-metodológicas que possibilitaram aproximar a força da narratividade e dos cotidianos em movimento, como maneiras de pensar uma, entre muitas possibilidades, de acontecer a educação de crianças que vivem no campo. Questionamos neste estudo: como as singularidades das crianças ribeirinhaspantaneiras são constituídas nos modos de viverem as infâncias nos/dos/com os cotidianos ribeirinho e escolar? Na inspiração e sensibilidade que marcaram o espaçotempo de entrelaçamentos com as crianças, juntamente com os interlocutores teóricos Hall (2000, 2006), Silva (2000), Deleuze e Guattari (1997), Foucault (1985b) e Veiga-Neto (2000), entre outros, dispusemo-nos a fazer a experiência de pensar a educação e o currículo escolar mergulhados no contexto de vida das crianças. Desse modo, foi possível vislumbrar as artes de fazer vidas, sonhos, encantos e desencantos entre crianças de seis a oito anos.Descargas
Referencias
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