CRESCIMENTO DO ENSINO SUPERIOR E SUA MERCANTILIZAÇÃO
Palavras-chave:
ensino superior, mercantilização, (re) significação do conceito de público, cooperação universidade-empresa.Resumo
O artigo apresenta o crescimento do ensino superior e sua mercantilização, com destaque, nas últimas décadas, para o crescimento das matrículas e do número de instituições de ensino superior públicas e privadas. Discutiu-se, também, como o conceito de público vem sendo (re)significado e as consequências desse processo. Por fim, apontou-se como a privatização pode atingir também as universidades públicas, principalmente por meio dos projetos de cooperação universidade-empresa.Downloads
Referências
AKAMATSU, J. I. Rede UNESP: protótipo de gestão da interação academiaempresa em uma universidade multicampi. 250f, 1997. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.
BRASIL. Lei no 10.260, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências. Diário Oficial [da] União. Presidência da República, Casa Civil – Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF, 13 jul 2001. Disponível em: <http://www.010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/2005/11096.htm> . Acesso em: 12 mar. 2006.
______. Medida Provisória, nº 213, de 10 de setembro de 2004. Institui o Programa Universidade para Todos – PROUNI, regula a Atuação de Entidades Beneficentes de Assistência Social no Ensino Superior, e dá outras providências. Brasília, DF. 2004. Disponível em: <http://www.dji.com.br/ medidas_provisorias/mp-000213-000-10-09-2004.htm> . Acesso em: 12 mar. 2006.
______. Ministério da Educação - INEP. Censo da educação superior: evolução de 1980 a 1998. Brasília, DF: Instituto Nacional Educação e Pesquisas, 2000. Disponível em: <http://www.inep.gov.br> . Acesso em: 20 mar. 2006.
______. Ministério da Educação – INEP. Sinopse 2000. Brasília, DF: Instituto Nacional de Educação e Pesquisa, 2001. Disponível em: <http://www.inep.gov.br> . Acesso em: 20 mar. 2006.
______. Ministério da Educação – INEP. Sinopse 2004. Brasília, DF, 2005. Disponível em:<http://www.inep.gov.br> . Acesso em: 20 mar. 2006.
______. Ministério da Educação - Instituto Nacional de Educação e Pesquisa. Sinopse estatística do ensino superior 2007. Brasília, DF, 2007. Disponível em: . Acesso em: 03 ago. 2009.
______. Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação. Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://www.portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ pne.pdf> . Acesso em: 22 abr. 2006.
______. Ministério da Educação. Anteprojeto de lei: versão preliminar. Estabelece normas gerais para educação superior, regula o Sistema Federal da Educação Superior e dá outras providências. Brasília – DF, 6 dez. 2004. Disponível em: http://www.apub.org.br/apreformauni.pdf. Acesso em: 1 mar. 2006.
BUFFA, E. O público e o privado como categoria de análise da educação. In: LOMBARDI, J. C.; JACOMELI, M. R. M.; SILVA, T.M.T. (Org.). O público e o privado na história da educação brasileira. Campinas: Autores Associados, 2005. p. 41 - 58.
CAFARDO, R. Ensino superior - decreto deve adiantar reforma: universidades particulares acusam governo de tentar driblar debate no Congresso baixando um decreto-ponte. O Estado de São Paulo. São Paulo, São Paulo, 16 março 2006, SeçãoVida&, p. A17.
CATANI, A. M.; OLIVEIRA, J. F. As políticas de educação superior no Brasil: diretrizes, bases e ações para o século XXI. 2000. In: SEMINÁRIO ANPAE – SUDESTE / ENCONTRO ESTADUAL DO ESPIRITO SANTO, 3., 2000, Vitória - ES. Anais eletrônicos... Disponível em: <http://ilea.ufrgs.br/cipedes/> . Acesso em: 15 set. 2000.
______. As políticas de educação superior no Plano Nacional de Educação (PNE) – 2001. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPEd, 25., 2002, Caxambu (MG). Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.anped.org.br/25/posteres/ afraniomendescatanip05.rtf > Acesso em: 15 mar. 2006.
CHAUÍ, M. A universidade em ruínas. In: TRINDADE, H (Org.). Universidade em ruínas na república dos professores. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. p. 211-222.
CUNHA, L. A. Educação pública: os limites do estatal e do privado. In: OLIVEIRA, R. P. (Org.). Política educacional: impasses e alternativas. São Paulo: Cortez, 1995. p. 11-26.
______. O público e o privado na educação superior brasileira: fronteira em movimento? In: TRINDADE, H. Universidade em ruínas na república dos professores. 2. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. p. 39-56.
FERREIRO, E. Com todas as letras. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
LEHER, R. Projetos e modelos de autonomia e privatização das universidades públicas. Revista da ADUEL, Londrina-PR, set. 2003. Disponível em: <http://web.sercomtel.com.br/aduel/rev/autn_priv.pdf> . Acesso em: 15 set. 2006.
______. Para silenciar os campi. Educação e Sociedade, Campinas -SP: Unicamp, v. 25, n. 88 especial, out 2004a. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?scrip t=sci_arttex t&pid=s0101- 73302004000300011> . Acesso em: 26 abr. 2006.
_____. Por que tamanho apreço pela privatização da educação superior? Últimas notícias, Uberlândia – MG, 20 set. 2004b. Disponível em: <http://www.scriptor.com.br/system/show_materia.asp?id=6546> . Acesso em: 30 jan. 2006
______. Pro-Uni é “bóia de salvação” do ensino privado. Correio da Cidadania, São Paulo, 20 set. 2004c. Disponível em: <http://www.andes.org.br/ imprensa/ultimas/contatoview.asp?key=2925>. Acesso em: 20 mar. 2006.
______. Educação no governo Lula da Silva: reformas sem projeto. Revista Adusp. São Paulo, maio 2005. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2006.
MARQUES, F. Modelo heterodoxo: a proposta de reforma das universidades muda estruturas burocráticas sem definir o que o país espera dessas instituições. Pesquisa FAPESP, São Paulo, n. 110, p. 36-41, abr. 2005.
OMC – Organização Mundial do Comércio. Documento S/CSS/W/23, de 18 de dezembro de 2000, dirigido ao Conselho de Comércio de Serviços da OMC, em que os EUA e aliados apresentam uma proposta relativa aos serviços educacionais. 2000. Disponível em: <http://www.columbusweb.com/es/partej/w23%202.doc>. Acesso em: 10 abr. 2006.
SANFELICE, J. L. A problemática do público e do privado na história da educação no Brasil. In: LOMBARDI, J. C.; JACOMELI, M. R. M.; SILVA, T.M.T. (Org.). O público e o privado na história da educação brasileira. Campinas: Autores Associados, 2005. p.177-185.
SGUISSARDI, V. Educação superior no limiar do novo século: traços internacionais e marcas domésticas. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 3, n. 7, p. 121-144, set./dez.2002. Disponível em: <http://www.pucpr.br/ comunicacao/revistas_cientificas/dialogo_educacional/pdf/n_7/ artigo9.pdf> . Acesso em: ago. 2006.
SIQUEIRA, A. C. A regulamentação do enfoque comercial no setor educacional via OMC/GATS. Revista Brasileira de Educação, n. 26, p. 145-156, maio/ jun/jul/ago 2004.
SOARES, M. C. C. Banco Mundial: políticas e reformas. In: TOMMASSI, L.; WARDE, M. J.; HADDAD, S. (Orgs.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez, 1996. p.15- 38.
TRINDADE, H. As metáforas da crise: da universidade em ruínas às “universidades na penumbra” na América Latina. In: GENTILI, P. (Org.). Universidades na penumbra. São Paulo: Cortez, 2001. p.13-45.
______. O discurso da crise e a reforma universitária necessária da universidade brasileira. In: MOLLIS, M. (Org.). Las universidade en America Latina: reformadas o alteradas? Buenos Aires: CLACSO, 2003. Disponível em: <http://168.96.200.17//ar/libros/mollis/trindade.pdf>. Acesso em: 15 dez. 2006.
VELHO, S. Universidade-empresa desvelando mitos. Campinas: Autores Associados, 1996.
VIEIRA, S. L. Neoliberalismo, privatização educação no Brasil. In: OLIVEIRA, R. P. (Org.). Política educacional: impasses e alternativas. São Paulo: Cortez, 1995. p.27-56.
VIEITEZ, C. G.; DAL RÍ, N. M. A contra-reforma universitária e o movimento democrático. Revista Educação, Maceió, ano 13, n. 22, p. 13-44, jun. 2005.
WARDE, M. J. Políticas internacionais para a educação. Tempo e Presença. Rio de Janeiro: ano 15, n. 272, nov./dez 1993.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Licença CC-BY-NC
"Revista da Faculdade de Educação adota a licença Creative Commons BY-NC do tipo "Atribuição Não Comercial". Essa licença permite, exceto onde está identificado, que o usuário final remixe, adapte e crie a partir do seu trabalho para fins não comerciais, sob a condição de atribuir o devido crédito e da forma especificada pelo autor ou licenciante".