O PROFESSOR DAS ESCOLAS DO CAMPO: TRABALHADOR DE MÚLTIPLAS JORNADAS DE TRABALHO

Autores

  • Odimar J. Peripolli
  • Alceu Zoia

Palavras-chave:

campo, trabalhadores, professor

Resumo

As crescentes transformações socioeconômicas e o desenvolvimento do modo de produção têm provocado mudanças significativas no mundo do trabalho. As mudanças se fazem sentir também na escola. Neste trabalho nos propomos trazer para a reflexão um pouco da realidade da educação do campo, mais especificamente, as condições de trabalho do professor. Trabalhador dividido entre os muitos afazeres. Na roça: o camponês-professor e, na escola/ sala de aula: o professor-camponês. Em ambas as atividades, uma característica lhe é comum: a falta de condições mínimas de trabalho. Ou seja, a precarização do trabalho. Questões básicas que orientam nossas reflexões e análises: como esta característica (precarização) se materializa no fazer cotidiano dos professores? Por que esta realidade ainda se reproduz em muitas escolas do campo? Tomamos como caso, o campo na região norte de Mato Grosso (campo empírico de nossas atividades de pesquisa e extensão).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ABRÃO, José. Carlos. O Educador a Caminho da Roça: notas introdutórias para uma conceituação de educação rural. Campo Grande/MS, UFMS/ Imprensa Universitária, 1986.

ALENCAR, José F. de. A professora “leiga”: um rosto de várias faces. In: THERRIEN, Jacques; DAMASCENO, Maria Nobre (coords.). Educação e escola no campo. Campinas: Papirus, 1993. – (Coleção magistério. Formação e trabalho pedagógico).

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. “Casa de Escola”: cultura camponesa e educação rural. Campinas: Papirus, 1983.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília/DF. Senado Federal, 2008.

_____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96. Brasília/ DF, 1996.

______. Lei 10.709/2003. Acrescenta incisos aos arts. 10 e 11 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências.

_____. Resolução CNE/CEB nº 1/02. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo. Brasília/DF, 2002.

CAMARANO. A. Amélia; ABRAMOVAY, Ricardo /1999. Êxodo Rural, Envelhecimento e Masculinização no Brasil: Panorama dos Últimos 50 Anos. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/ index.php?option=com_content&view=article&id=3929. Acesso em: 20 de junho de 2013.

DAL ROSSO, Sadi. Contribuições para a teoria do sindicalismo no setor da educação. In: Associativismo e sindicalismo em Educação – organização e lutas. Brasília: Paralelo 15, 2011.

ENGUITA, M. Fernándes. A Face Oculta da Escola: educação e trabalho no capitalismo. Trad. Tomaz T. da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.

GRITTI, Silvana. Educação rural e capitalismo. Passo Fundo: UPF, 2003.

KOLLING, Edgar Jorge; CERIOLI, Paulo Ricardo; CALDART, Roseli Salete (orgs.). Educação do Campo: Identidade e Políticas Públicas. Brasília/DF: articulação nacional Por Uma Educação do Campo, 2002.

GÖRGEN, Sérgio Antônio ofm. Marcha ao Coração do Latifúndio. Petrópolis/ RJ: Vozes, 2004.

MALATESTA, Errico. Entre camponeses. São Paulo: Editora Hebra Ltda, 2009.

PALMEIRA, Maria José de Oliveira. Educação e a Construção da Cidadania do Homem do Campo. Salvador: UFBA/Empresa Gráfica da Bahia, 1990.

PERIPOLLI, Odimar J. Expansão do Capitalismo na Amazônia Norte Mato Grossense: a mercantilização da terra e da escola. (Tese de Doutorado). PPGEDU/UFRGS. 2009.

RIBEIRO, Marlene. Movimento camponês, trabalho e educação: liberdade, autonomia, emancipação: princípios/fins da formação. 1.ed. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

THERRIEN, Jacques; DAMASCENO, Maria Nobre (coords.). Educação e escola no campo. Campinas: Papirus, 1993. (Coleção magistério. Formação e trabalho pedagógico).

Downloads

Publicado

2019-09-27

Como Citar

PERIPOLLI, Odimar J.; ZOIA, Alceu. O PROFESSOR DAS ESCOLAS DO CAMPO: TRABALHADOR DE MÚLTIPLAS JORNADAS DE TRABALHO. Revista da Faculdade de Educação, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 99–114, 2019. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/ppgedu/article/view/3965. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGO

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>