Relações étnico-raciais e os cabelos na educação infantil: olhar sobre a perspectiva das crianças

Autores

  • Eduarda Souza Gaudio Prefeitura Municipal de Florianópolis, Florianópolis

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v6i4.9711

Resumo

O artigo apresentará um recorte de um estudo de mestrado que investigou as relações sociais entre crianças e com adultos quanto às diferenças étnico-raciais numa instituição de Educação Infantil da Rede Municipal de São José. Nas análises, os modos como as crianças atuam e se colocam as outras crianças expressam a centralidade pela dimensão corporal, sobretudo no que diz respeito aos aspectos físicos que as compõem. Para esse debate, buscamos privilegiar as questões que envolvem os cabelos das meninas e dos meninos que frequentam um espaço de educação infantil pública. Esse aspecto tornou-se imperativo no estudo acerca das relações étnico-raciais, considerando os saberes que as crianças do grupo investigado expressaram acerca dos diferentes tipos de cabelos.

Palavras-chave: Relações étnico-raciais; educação infantil; crianças; cabelos.

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Biografia do Autor

Eduarda Souza Gaudio, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Florianópolis

Mestrado em Educação pelo Programa de Pós Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Linha Educação e Infância. Graduação em Pedagogia com Habilitação em Educação Infantil, Séries Iniciais e Supervisão Escolar pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Atualmente é pesquisadora associada ao Núcleo de Estudos e Pesquisa na Educação da Pesquena Infância - NUPEIN/UFSC e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB/UDESC. Professora da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis. Tutora no Curso de Pedagogia do Centro de Educação à Distância da Universidade Estadual de Santa Catarina. Experiência em pesquisa na área da Educação e Infância, sobretudo, relações Étnico-raciais na Educação Infantil.

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Publicado

11-11-2015

Como Citar

Gaudio, E. S. (2015). Relações étnico-raciais e os cabelos na educação infantil: olhar sobre a perspectiva das crianças. Eventos Pedagógicos, 6(4), 384–395. https://doi.org/10.30681/reps.v6i4.9711