POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL E EM PORTUGAL:

um desafio para as universidades

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v14i3.11498

Palavras-chave:

Educação Integral, Universidade, Brasil, Portugal, Formação de professores

Resumo

O presente artigo discute políticas educacionais voltadas para implantação da Educação Integral em escolas do Brasil e de Portugal, sendo elas Escola a Tempo Inteiro (Portugal – 2006) e Programa Mais Educação (Brasil – 2007). Neste texto, busca-se problematizar se a universidade, como uma das instituições responsáveis pela formação de professores, poderia contribuir para promoção de práticas entendidas como ideais para o trabalho em escolas de Educação Integral. A partir de uma pesquisa bibliográfica e documental, conclui-se que a universidade, enquanto instituição elitista, departamental e hierarquizada, ainda não está capacitada para auxiliar na necessária ruptura paradigmática exigida pelos fundamentos da Educação Integral.

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Biografia do Autor

Zoraia Aguiar Bittencourt, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUCRS, 2017), Professora Adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), integrante do Grupo de Pesquisa UNIVERSITAS/RIES (PUCRS) e do Grupo de Pesquisa em Educação Popular na Universidade - GRUPEPU (UFFS).

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Publicado

19-12-2023

Como Citar

Bittencourt, Z. A. (2023). POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL NO BRASIL E EM PORTUGAL:: um desafio para as universidades. Eventos Pedagógicos, 14(3), 911–926. https://doi.org/10.30681/reps.v14i3.11498