Pavimentações do plano: um estudo com professores de matemática e arte

Autores

  • Marli Regina dos Santos UFOP

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v9i3.10135

Resumo

Nesta pesquisa, investigamos “Quais significados os professores de Matemática e de Arte atribuem ao trabalho com pavimentações do plano, envolvendo material manipulativo, em situação de ensino e aprendizagem de geometria?”, em um curso de geometria. As atividades desenvolvidas nos encontros realizados com os professores-alunos de Matemática e Arte tiveram como pano de fundo o tema pavimentações do plano e estavam associadas a materiais didáticos manipuláveis. Foi apresentado um estudo referente aos conceitos e propriedades geométricas concernentes: às pavimentações uniformes, à visualização em caleidoscópios, aos tetraminós e às pavimentações de Penrose. Os encontros foram filmados, transcritos e analisados sob a perspectiva da análise fenomenológica. As análises e interpretações efetuadas permitiram identificar cenas que se mostraram significativas, as quais, mediante desdobramentos dos estudos interpretativos e efetuando as reduções sucessivas, levaram-nos a três categorias abertas: a primeira, construindo interdisciplinaridade – aproximações e afastamentos, aborda os significados que surgiram nesse contexto multidisciplinar, e que avançam em direção à interdisciplinaridade, revelando disposições para as trocas possíveis. A segunda, a prática pedagógica dos professores-alunos, enfoca os significados que explicitam a presença de educadores que trazem consigo suas vivências da prática docente, a percepção que têm de seus alunos e suas expectativas em relação aos encontros. Por fim, construção de conhecimento trata das construções, desconstruções e reconstruções que ocorrem no ambiente dos encontros, em meio a uma atitude empática, evidenciando os humores e disposições dos professores-alunos para ampliarem seus horizontes de possibilidades. A análise dessas categorias permitiu a elaboração de uma síntese, na qual apresentamos considerações quanto ao uso de materiais manipuláveis, à prática docente e à interdisciplinaridade da Educação Matemática.

Palavras-chave: geometria; pavimentação; matemática; arte; fenomenologia; professores.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, S. T. Um estudo de pavimentações do plano utilizando caleidoscópios e o

software Cabri-Géomètre II. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de

Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2003.

ANDRADE, J. A.; NACARATO, A. M. Tendências didático-pedagógicas no ensino de

geometria: um olhar sobre os trabalhos apresentados nos ENEMs. Educação Matemática em

Revista, ano 11, n.17, p. 61 – 70, 2004.

ARANHA, C. S. G. A arte visual na sala de aula. Tese (Doutorado em Educação

Matemática) Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 1981.

ARAÚJO, J. L.; BORBA, M. C. Construindo Pesquisas Coletivamente em Educação

Matemática. In: BORBA, M. C.; ARAUJO, J. L. (Org) Pesquisa Qualitativa em Educação

Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

BAIER, T. O nexo "geometria fractal - produção da ciência contemporânea" tomado

como núcleo do currículo de matemática do ensino básico. Tese (Doutorado em Educação

Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio

Claro, 2005.

BARBOSA, R. M. Descobrindo padrões em mosaicos. São Paulo: Atual, 1993.

BARBOSA, R.M.; DOMINGUES, H. H; SILVA, E. A. Atividades Educacionais com

Tetraminós. São José do Rio Preto: FIRP, 1995.

BARBOSA, R. M. Descobrindo a geometria fractal para a sala de aula. São Paulo:

Autêntica, 2002.

BARBOSA, R. M. Poliminós. Catanduva: IMES, 2005.

BATISTELA, R. F. Um kit de espelhos planos para o ensino de geometria. Dissertação

(Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas,

Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2005.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte.

Brasília: MEC/ SEF, 1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:

Matemática. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

BICUDO, M. A. V. Fenomenologia: uma visão abrangente da educação. São Paulo: Olho

d’Água, 1999.

BICUDO, M. A. V. Fenomenologia: confrontos e avanços. São Paulo: Cortez, 2000.

BICUDO, M. A. V. Tempo, tempo vivido e história. São Paulo: Edusc, 2003.

BICUDO, M. A. V. A formação do professor: um olhar fenomenológico. In BICUDO, M. A.

V. (Org.) Formação de professores: da incerteza a compreensão? São Paulo: Edusc, 2003.

BICUDO, M. A. V. A Pesquisa Interdisciplinar: uma possibilidade de construção do Trabalho

Científico/acadêmico. In Revista Ensaio, no prelo.

BICUDO, M. A. V. Educação, ética e fenomenologia. In Anais III Seminário Internacional

de Pesquisa e Estudos Qualitativos e V Encontro de Fenomenologia e Análise do Existir.

São Bernardo do Campo: UMESP, 2006.

BOGDAN, R. C.; BIKLEN S. K. Investigação qualitativa em Educação. Porto: Porto

Editora, 1994.

BORBA, M. C; PENTEADO, M. G. Informática e educação matemática. São Paulo:

Autêntica, 2003.

BORBA, M. C; PENTEADO, M. G. A informática em ação: formação de professores,

pesquisa e extensão. São Paulo: Olho d’água, 2000.

DAFFER, P. G. O.; CLEMENS, R. S. Geometry: an investigative approach. Menlo Park:

Addson-Wesley, 1977.

D’AMBRÓSIO, U. Prefácio. In: BORBA, M. C.; ARAÚJO, J.L. (Orgs) Pesquisa

Qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

D’AMBRÓSIO, U. Transdisciplinaridade. São Paulo: Palas Athena, 1997.

DEL GRANDE, J. J. Percepção espacial e geometria primária. In Lindquist, Mary

Montgomery; Shulte, Albert P. (org) Aprendendo e ensinando geometria. Tradução:

Hygino H. Domingues, São Paulo: Atual, 1994.

DETONI, A. R. Investigações acerca do espaço como modo de existência e da geometria

que ocorre no pré-reflexivo. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de

Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2000.

DETONI, A. R.; PAULO R. M. A organização dos dados da pesquisa em cenas. In:

BICUDO, M. A. V. Fenomenologia: confrontos e avanços. São Paulo: Cortez, 2000.

ESPÓSITO, V. H. C. Construindo o conhecimento da criança adulto: uma perspectiva

interdisciplinar? São Paulo: Martinari, 2006.

FAINGUELERNT, E. K. Educação matemática: representação e construção em geometria.

Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

FIORENTINI, D; MIORIM, M. A. Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e

jogos no ensino da matemática. Disponível em: <http://www.matematicahoje.com.br/telas/

sala/didáticos/ recursos_didáticos.asp?aux=C>. Acesso em: 11 mar. 2005.

FONSECA, M. C. F. R. et al. O Ensino da geometria na escola fundamental: três questões

para a formação do professor dos ciclos iniciais. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

GARDNER, M. Divertimentos Matemáticos. Tradução: de Bruno Mazza, São Paulo:

IBRASA, 1967.

GAZIRE, E. S. O não resgate das geometrias. Tese (Doutorado em Educação Matemática) -

Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

GOUVEIA, F. R. Um estudo de fractais geométricos através de caleidoscópio e software

de geometria dinâmica. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de

Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2005.

GRÜNBAUM, B.; SHEPHARD, G. C. Tilings and Patterns. New York: W. H. Freeman and

Company, 1987.

HIRATSUKA, P. I. A vivência da experiência da mudança da prática de ensino de

matemática. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e

Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2003.

HAWKING, S. O universo numa casca de noz. Tradução: Ivo Korytowski, 6 ed., São Paulo:

Arx, 2002.

KLUTH, V. S. Dos Significados da Interrogação para a Investigação em Educação

Matemática. Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, ano 14, n. 15, 2001.

LORENZATO, S. Por que não ensinar geometria? Educação Matemática em Revista-

Geometria, Blumenau, ano 3, n. 4, p. 4 - 13, 1995.

MACHADO, N. J. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação mútua. São

Paulo: Cortez, 1990.

MARTINS, R. A. Ensino-aprendizagem de geometria: uma proposta fazendo uso de

caleidoscópios, sólidos geométricos e softwares educacionais. Dissertação (Mestrado em

Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual

Paulista, Rio Claro, 2003.

MARTINS, J. Um enfoque fenomenológico do currículo: educação como poíesis. São

Paulo: Cortez, 1992.

MARTINS, J.; BICUDO, M. A. V. A pesquisa qualitativa em psicologia: fundamentos e

recursos básicos. São Paulo: Educ/Moraes, 1988.

MOREIRA, C. M.; DAVID, M. M. M. S. A formação matemática do professor:

licenciatura e prática docente escolar. São Paulo: Autêntica, 2005.

MURARI, C. Um caleidoscópio educacional modificado para trabalhos em grupo. Revista da

Educação Matemática, São Paulo, n. 2, p. 11-15, 1995.

MURARI, C. Ensino-aprendizagem de geometria nas 7ª e 8ª séries, via caleidoscópios.

(Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas,

Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1999.

MURARI, C.; PEREZ, G.; BARBOSA, R. M. Caleidoscópios educacionales: coloraciones

múltiples. Revista de didáctica de las matemáticas, n. 27, p7-20, 2001.

NACARATO, A. M. Educação continuada sob a perspectiva da pesquisa-ação: currículo

em ação de um grupo de professoras ao aprender ensinando geometria. Tese (Doutorado em

Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

OLIVEIRA, S. S. Temas regionais em atividades de geometria: uma proposta na formação

continuada de professores de Manaus (AM) Dissertação (mestrado em educação matemática)

- instituto de geociências e ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2004.

PAIS, L. C. Intuição, experiência e teoria geométrica. Zetetiké, Campinas, número 6,1996.

PAULO R. M. A compreensão geométrica da criança: um estudo fenomenológico.

Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências

Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2001.

PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino de geometria no Brasil: causas e conseqüências.

Zetetiké, Campinas, n.1, p. 19-49, 1993.

PEREZ, G. Pressupostos e reflexões teóricas e metodológicas da pesquisa participante no

ensino de geometria para as camadas populares. Tese (Doutorado em Educação) -

Faculdade de Educação, Universidade de Campinas, Campinas, 1991.

PEREZ, G. A realidade sobre o ensino da geometria no 1º e 2º grau no estado de São Paulo.

Educação Matemática em Revista, Blumenau, n. 4, p.54-62, 1995.

PEREZ, G. A prática reflexiva do professor de matemática. In BICUDO, M. A. V.; BORBA,

M. C. (Org.) Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

POLETINI, A. Análise das experiências vividas determinando o desenvolvimento

profissional do professor de matemática. In: BICUDO, M. A. V. (Org.). Pesquisa em

Educação Matemática: concepções & perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.

PONTE, J. P., et al. Investigações matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica,

REIS, J. A. S. Geometria esférica por meio de materiais manipuláveis. Dissertação

(Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas,

Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.

SILVA, E. A.; LOURENÇO, M. L; MARTINS, L. C. J. Uma introdução à pavimentação

arquimediana do plano, Boletim de Educação Matemática, ano 9, n. 10, p. 53 a 66, 1994

SILVA, V. C. Ensino de geometria através de ornamentos. Dissertação (Mestrado em

Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual

Paulista, Rio Claro, 1997.

TURRIONI, A. M. S. O laboratório de educação matemática na formação inicial de

professores. (Dissertação Mestrado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e

Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2004.

Downloads

Publicado

13-11-2018

Edição

Seção

Seção Resumos

Como Citar

Pavimentações do plano: um estudo com professores de matemática e arte. (2018). Eventos Pedagógicos, 9(3), 1197-1198. https://doi.org/10.30681/reps.v9i3.10135