Direito e reconhecimento sociolinguístico dos povos indígenas no Brasil: caminhos e descaminhos dos povos que não cansam de (re)existir

Autores

  • Jislaine da Luz Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Thauany Ferreira Amaro Universidade do Estado de Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v11i2.10277

Resumo

O presente trabalho tem como tema central a análise sociolinguística da presença de preconceitos social e linguístico sofridos pelos povos indígenas. Optou-se por uma abordagem de pesquisa interpretativista, baseada nos pressupostos de Bortoni-Ricardo, sendo desenvolvida com revisão bibliográfica e, posteriormente, aplicação de teste de atitudes baseado na Escala de Likert a 11 pessoas de algumas cidades de Mato Grosso. Os resultados demonstram a existência desses preconceitos social e linguístico em relação aos indígenas, que estes advêm de relações se poder simbólicas, considerando o espectro contextual da região, historicamente conflitante no que tange às relações entre indígenas e não-indígenas.

Palavras-chave: sociolinguística; preconceitos social e linguístico; indígenas; Mato Grosso.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jislaine da Luz, Universidade do Estado de Mato Grosso
    Possui graduação em Letras - Português pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2004), com pós graduação em Tecnologias da Educação pela FAR - Faculdade Reunida (2013) em Tecnologia na educação, EAD e Metodologia do Ensino Superior. Atualmente trabalha como Professora Formadora do Cefapro de Matupá - MT, responsável pela formação de professores em linguagens, códigos e tecnologias e orientação à Projetos de Formação Continuada nas Escolas Estaduais atendidas pelo polo do Cefapro de Matupá. Mestranda no programa de Pós Graduação PPGLetras, na linha de pesquisa de Estudos Linguísticos.
  • Thauany Ferreira Amaro, Universidade do Estado de Mato Grosso
    Mestranda em Letras pela Universidade do Estado de Mato Grosso em Sinop-MT. Graduada em Letras - Português e Inglês pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2017). Atuando principalmente nos seguintes temas: aquisição da linguagem, Sociolinguística, Variação Linguística. Integrante do projeto de pesquisa DIVALIMT. Estudante no grupo de pesquisa NUPESDD - Núcleo de Pesquisa e Estudos Sociolinguísticos, Dialetológicos e Discursivos, do(a) Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Referências

ARRUDA, R.S.V. 2001. Imagens do índio: signos da intolerância. In: GRUPIONI, L.D.; VIDAL, L.; FISCHMANN, R. (orgs.). Povos indígenas e tolerância: construindo práticas de respeito e solidariedade. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, p. 43-61.

BAGNO, M. Dicionário crítico de sociolinguística. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2017.

BAGNO, Marcos. Objeto língua. 1. ed. - São Paulo: Parábola, 2019.

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2003.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Territórios etnoeducacionais são realidade para 36 povos. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34109. Acesso em: 2 nov. 2019.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARCIA, Mariana de Souza. O papel das atitudes linguísticas na manutenção ou não da língua indígena em comunidades indígenas bilíngues: o caso Ipegue/Terena. Via Litterae, v. 1, p. 99-118, 2009.

ISAAC, Paulo Augusto Mário. Modo de existir Terena na comunidade multiétnica que vive em Mato Grosso. 235 p. Tese (Doutorado) Ciências Sociais – Etnologia Brasileira. PUC - São Paulo, 2004.

KAUFMANN, Göz. Atitudes na sociolinguística: aspectos teóricos e metodológicos. In: MELLO, H.; ALTENHOFEN, C. V.; RASO, T. Os contatos linguísticos no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2011. P. 121-137.

LDB – Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019.

MORENO, A. Superar a exclusão, conquistar a equidade: reformas, políticas e capacidades no âmbito social. In: LANDER, E. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Colección Sur Sur, CLACSO, p. 88-94, 2005. Disponível em:http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/. Acesso em: 28 out. 2019.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Muita terra para pouco índio? Uma introdução (crítica) ao indigenismo e à atualização do preconceito. In: SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola: novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília, MEC/MARI/UNESCO, 1995.

PINSKY, Jaime. 12 faces do preconceito. 11. ed. São Paulo. Contexto, 2014.

RODRIGUES. Cíntia Régia. As populações indígenas e o Estado Nacional pós-ditadura militar. In: Revistas Unisinos. vol.9 nº 3: 240-245, Setembro/Dezembro 2005. Unisinos. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/view/6434/3577. Acesso em: 22 nov. 2019.

SILVA, M. G. C. et al. A influência do processo de assimilação e aculturação na formação da identidade dos povos indígenas no Brasil Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV073_MD1_SA6_ID3038_29092017092434.pdf. . Acesso em: 09 nov. 2018.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

Downloads

Publicado

08-09-2020

Edição

v. 11 n. 2 (2020): Sociolinguística(s), linguagens e sociedade

Seção

Seção Livre

Licença

Copyright (c) 2022 Revista Eventos Pedagógicos

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

              O conteúdo deste periódico está licenciado sob CC BY-SA 4.0 (Atribuição-Compartilha-Igual 4.0 Internacional)[1]. Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o conteúdo em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador e que o conteúdo modificado seja licenciado sob termos idênticos. A licença permite o uso comercial.

[1] Para ver uma cópia desta licença, visite: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt_BR.

Como Citar

Direito e reconhecimento sociolinguístico dos povos indígenas no Brasil: caminhos e descaminhos dos povos que não cansam de (re)existir. (2020). Eventos Pedagógicos, 11(2), 451-469. https://doi.org/10.30681/reps.v11i2.10277