O bem-estar e os ecossistemas naturais em espaços escolares inclusivos
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v14i2.10836Palavras-chave:
Natureza, Interação, Inclusão, EnsinoResumo
Este artigo tem o objetivo de analisar o bem-estar proporcionado pela natureza em espaços escolares inclusivos, tendo o Jardim Sensorial da Escola Estadual Professora Maria Helena de Araújo Bastos, no município de Poconé, como local de pesquisa. Atualmente inúmeros fatores afastam o contato humano com a natureza, principalmente para aqueles que em seu cotidiano vivem em grandes metrópoles, em prédios, emparedados em apartamentos, shopping e trabalho. Com isso, as escolas que proporcionam elementos da natureza em sua estrutura física não só disponibilizam uma ferramenta com múltiplas possibilidades educativas, mas também, proporcionam um espaço potencializador de bem-estar. Como metodologia, se trata de uma pesquisa-ação de participação observante, balizada por revisão bibliográfica e documental, de cunho qualitativo com objetivo descritivo. Concluiu-se que os espaços verdes influenciaram positivamente para a conquista do bem-estar, proporcionando sentimentos positivos, interações sociais, engajamento e diminuição do sofrimento mental.
Downloads
Referências
ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA. Children and Disasters. Disponível em: https://www.aap.org/en-us/advocacy-and-policy/aap-health-initiatives/Children-and-Disasters/Pages/Climate-Change.aspx. Acesso em: 9 mar. 2023.
ACHUTTI, L. E. R.; HASSEN, M. N. A. Caderno de campo digital: antropologia em novas mídias. Horizontes antropológicos, v. 10, p. 273-289, 2004. Disponível em|: https://www.scielo.br/j/ha/a/RvFMv4bWPgqZBcGXhCvSPSL/?lang=pt&format=pdf. Acesso em 29 jan. 2023.
ARAGONÉS, J. I.; OLIVOS, P.; LIMA, M.L.; LOUREIRO, A. Conectividade, bem-estar e natureza. Sessão de pôsteres apresentados na 22ª Conferência IAPS, Glasgo,2013. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/2017-36613-001. Acesso em: 28 jan. 2023
ARAÚJO, G. C.; MENDONÇA, P. S. M. Análise do processo de implantação das normas de sustentabilidade empresarial: um estudo de caso em uma agroindústria frigorífica de bovinos. RAM. Revista de Administração Mackenzie, v. 10, p. 31-56, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ram/a/Ln8dGQffchXcbkhSmQMzj3B/abstract/?lang=pt. Acesso em: 28 jan. 2023.
AUERBACH, R. P. et al. WHO World Mental Health Surveys International College Student Project: Prevalence and distribution of mental disorders. Journal of abnormal psychology, v. 127, n. 7, p. 623, 2018.Disponível em: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1037%2Fabn0000362. Acesso em: 9 out. 2022.
BERMAN, M.G.; JONIDES, J.; KAPLAN, S. Os benefícios cognitivos de interagir com a natureza. Psychological Science, 19, 1207-1212, 2008. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1111/j.1467-9280.2008.02225.x?journalCode=pssa. Acesso em: 29 jan. 2023.
BORNHEIM, Gerd A. (org.). Os Filósofos Pré-Socráticos. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 1996.
BRANCO, D. et al. Sentimentos de restauração de recentes visitas à natureza. Jornal Ambiente, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 35-42, jul./dez. 2016.
BRATMAN, G.N.; HAMILTON, J.P.; HAHN, K.S.; DAILY, G.C.; GROSS, J.J. A experiência na natureza reduz a ruminação e a ativação do córtex pré-frontal subgenual. Proceedings of The National Academy of Sciences, 112(28), 8567-8572,2015. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0272494417301160?via%3Dihub. Acesso em: 29 jan. 2023.
CAMARGO, E. P. Inclusão e necessidade educacional especial: compreendendo identidade e diferença por meio do ensino de física e da deficiência visual. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016. 268p.
CARRUS, G. et al. Go greener, feel better? The positive effects of biodiversity on the well-being of individuals visiting urban and peri-urban green areas. Landscape and urban planning, v. 134, p. 221-228, 2015. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2017.00914/full. Acesso em: 09 out. 2022.
DECI, E.; RYAN, R. . Hedonia, eudaimonia e bem-estar: uma introdução. Journal of Happiness Studies, 9, 1-11, 2008.
DIENER, E. Bem-estar subjetivo: a ciência da felicidade e a proposta de um indicador nacional. American Psychologist, 55, 34-43, 2000. Disponível em: https://psycnet.apa.org/doiLanding?doi=10.1037%2F0003-066X.55.1.34. Acesso em: 09 out. 2022.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Mudanças Climáticas e Saúde Mental da Criança: Guia para Profissionais. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/sites/unicef.org.brazil/files/2019-11/guia_mudancas_climaticas_e_saude_mental_da_crianca_web_0.pdf. Acesso em: 9 mar. 2023.
GADOTTI, M. Educação para a sustentabilidade. In: Gadotti, M. (Org.). Educação e sustentabilidade: uma proposta para a ação. São Paulo: Editora Instituto Paulo Freire, 2008, pp. 15-27.
GASCON, M. et al. Mental health benefits of long-term exposure to residential green and blue spaces: a systematic review. International journal of environmental research and public health, v. 12, n. 4, p. 4354-4379, 2015.Disponível em:https://www.mdpi.com/1660-4601/12/4/4354. Acesso em: 09 out. 2022.
GEERTZ, C. The interpretation of cultures: selected essays. New York: Basic Books, 1973, pp. 3-30.
GODOY, A. S. A pesquisa qualitativa e sua utilização em administração de empresas. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n. 4, p.65-71, jul./ago. 1995.
GULWADI, Gowri Betrabet et al. The restorative potential of a university campus: Objective greenness and student perceptions in Turkey and the United States. Landscape and Urban Planning, v. 187, p. 36-46, 2019. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0169204619303433. Acesso em: 9 out. 2022.
HAN, K.; RUAN, L. Effects of indoor plants on self-reported perceptions: a systemic review. Sustainability, v. 11, n. 16, p. 4506, 2019.Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S2011-3080202100010010000016&lng=en. Acesso em: 09 out. 2022.
HARTIG, T. et al. Benefícios para a saúde da experiência na natureza: processos psicológicos, sociais e culturais. In: Florestas, árvores e saúde humana. Springer, Dordrecht, 2011. p. 127-168. Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-90-481-9806-1_5. Acesso em: 09 out. 2022.
LACHOWYCZ, K.; JONES, A. P. Greenspace and obesity: a systematic review of the evidence. Obesity reviews, v. 12, n. 5, p. e183-e189, 2011.Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1467-789X.2010.00827.x. Acesso em: 09 out. 2022.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho científico: projetos de pesquisa, pesquisa bibliográfica, teses de doutorado, dissertações de mestrado e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 2017.
LOUVAIN, T.; SOUTER, A. A importância do contato com a natureza na educação infantil. São Paulo: Editora ABC, 2017.
MENSAH, Justice. Sustainable development: Meaning, history, principles, pillars, and implications for human action: Literature review. Cogent social sciences, v. 5, n. 1, p. 1653531, 2019. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/23311886.2019.1653531. Acesso em: 09 out. 2022.
MARSELLE, M.R.; IRVINE, K.N.; WARBER, S.L. Examinando caminhadas em grupo na natureza e múltiplos aspectos do bem-estar: um estudo em larga escala. Ecopsicologia, 6, 134-147, 2014. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S2011-3080202100010010000016&lng=en. Acesso em: 19 jan. 2023.
MATSUOKA, Rodney H. Student performance and high school landscapes: Examining the links. Landscape and urban planning, v. 97, n. 4, p. 273-282, 2010.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à saúde global. Disponível em: https://www.who.int/news-room/detail/05-12-2016-climate-change-one-of-the-greatest-threats-to-global-health-who. Acesso em: 09 mar. 2023.
PADOVANI, S.; CENTURIÓN, M. A importância do jardim sensorial como instrumento pedagógico na educação infantil inclusiva. Revista da Educação Inclusiva, v. 4, n. 2, p. 27-38, 2018
PASCA, L.; ARAGONÉS, J.I.; COELLO, M.T. Uma análise da escala de conexão com a natureza com base na teoria de resposta ao item. Frontiers in Psychology, 8, 1330, 2017. Disponível em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2017.01330/full. Acesso em: 19 jan. 2023.
PRETTY, J.; BARTON, J.; HINE, R. The restorative benefits of natural environments: research report. University of Essex, Colchester, 2005.
SELIGMAN, M. E. Florescer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Saúde da Criança e do Adolescente e o Meio Ambiente. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22315b-DP_Saude_Crianca_Adolescente_e_Meio_Ambiente.pdf. Acesso em: 09 mar. 2023.
SULLIVAN, A. M. Building Belonging in the Classroom: A Toolkit for Educators and Students. New York: Routledge, 2021.
TWOHIG-BENNETT, C.; JONES, A. The health benefits of the great outdoors: A systematic review and meta-analysis of greenspace exposure and health outcomes. Environmental research, v. 166, p. 628-637, 2018. Disponível em:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0013935118303323. Acesso em: 9 out. 2022.
ULRICH, R. Ver através de uma janela pode influenciar a recuperação. Ciência, 224, 224-225, 1984.
WATERMAN, A.S. Duas concepções de felicidade: contrastes de expressividade pessoal (eudaimonia) e gozo hedônico. Journal of Personality and Social Psychology, v. 64, p. 678, 1993. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S2011-3080202100010010000028&lng=en. Acesso em: 9 jan. 2023.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Eventos Pedagógicos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
O conteúdo deste periódico está licenciado sob CC BY-SA 4.0 (Atribuição-Compartilha-Igual 4.0 Internacional)[1]. Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o conteúdo em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador e que o conteúdo modificado seja licenciado sob termos idênticos. A licença permite o uso comercial.
[1] Para ver uma cópia desta licença, visite: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt_BR.