Ambiente pré-escolar: a manifestação de preconceitos e a intervenção do educador
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v1i1.8916Resumo
A proposta dessa pesquisa teve como objetivo levantar indicativos de manifestações preconceituosas em crianças de 5 e 6 anos na fase pré-escolar, tanto nas atividades desenvolvidas dentro da sala de aula quanto nos espaços de recreação, e explicitar como as possíveis intervenções estabelecidas pelos professores, exercem interferência no tipo de relação social assumida entre coetâneos. O estudo caracterizou-se como qualitativo, orientando-se por pressupostos do materialismo histórico. A coleta de dados foi realizada em um Centro Municipal de Educação Infantil na cidade de Sinop, no interior do Estado de Mato Grosso, utilizando como instrumentos metodológicos questionário fechado aos professores, observações e anotações em diário de campo tendo como foco analítico a explicação de como elas, em virtude de intervenções estabelecidas pelos professores, tomam para si conhecimentos estereotipados que rotulam pejorativamente a diferença, marca patente na construção do homem arquitetada em desígnios hierárquicos e homogeneizadores. Os resultados da pesquisa foram divididos em três categorias: preconceito de gênero, preconceito de raça e preconceito de beleza, e apontaram para a existência de manifestações preconceituosas embasadas nessas categorias durante as atividades em sala de aula e durante a recreação, além de ressaltar a importância exercida pela intervenção docente na contestação dessas atitudes. Neste trabalho para a fundamentação teórica recorremos aos autores: Karl Marx, José Leon Crochik, Lev Vygotsky entre outros. A pesquisa finaliza destacando a necessidade da realização de estudos mais profundos que investiguem como as crianças se apropriam do preconceito desde a mais tenra idade.
Palavras-chave: educação; educação Infantil; manifestações preconceituosas; crianças de 5 a 6 anos; capitalismo e dialética.
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