As orientações curriculares e os métodos de avaliação no ensino da geografia, nas unidades de ensino do Município de Matupá/MT frente à Lei 10.639/03
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v6i4.9744Resumo
Objetivou-se nesta pesquisa, investigar como as orientações curriculares e métodos de avaliação do ensino da geografia são aplicados nas séries finais nas unidades de ensino, como também identificar o desenvolvimento da Lei 10.639/03 que trata sobre a História e Cultura Afro-Brasileira nas Escolas Municipais do Município de Matupá/MT. Para atingir este objetivo, esta investigação teve como aporte teórico diferentes discussões relacionadas às orientações curriculares, os métodos de avaliação no ensino da geografia, os desafios da formação continuada para contemplar o que está descrito nas orientações curriculares, o trabalho com a Lei 10.639/03 em sala de aula, como também o ensino da geografia nos dias atuais. A metodologia compreendeu-se no processo de revisão bibliográfica, uma pesquisa de campo através de questionários semiestruturados junto a 08 docentes que ministram a disciplina de geografia, 05 coordenadores pedagógicos e 02 coordenadoras que estão na equipe pedagógica municipal que desenvolvendo um trabalho específico com as orientações curriculares. A pesquisa evidenciou que é necessário o desenvolvimento de uma metodologia diferenciada em sala de aula, a fim de trazer o aluno para o envolvimento maior durante as aulas de geografia, seja através de aulas expositivas ou com ações concretas relacionando a realidade do mesmo, pois foi possível verificar que alguns profissionais utilizam a forma tradicional de lecionar, deixando suas aulas desanimadoras para os alunos desta faixa etária. No processo de avaliação da aprendizagem para alguns ainda tem sido encarada como o momento de punição para aqueles que não aprenderam o conteúdo ministrado em sala de aula, sobrecaindo a culpa somente no aluno. Foi possível perceber diante da pesquisa de campo, que há uma distância entre a sala de aula e o cotidiano dos alunos, o que tem contribuído para o desenvolvimento da apatia de muitos alunos com essa disciplina, o que vem se transformando em obstáculos cada vez maiores para o seu aprendizado. Quanto ao currículo uma destacamos aqui duas de várias inquietações e complicações, visualizadas pelos entrevistados no qual, a primeira diz respeito à fragilidade do currículo escolar em propor metodologias de aulas de geografia relacionando-as à realidade da Comunidade, a segunda é que não possuem o conhecimento suficiente das orientações curriculares no ensino da geografia, para um trabalho eficaz e que contemple o que está inserido nas orientações. Foi possível perceber que há uma compreensão sobre o ensino de geografia no currículo da educação escolar frente às relações e diversidade étnico-racial, como ferramenta fundamental no fortalecimento do respeito e conhecimento da cultura afrodescendente, a partir da experiência na dos trabalhos pedagógicos que são desenvolvidos que tratam sobre o assunto. A disciplina geografia vem apresentar a temática da pluralidade cultural, no processo de ensino, quanto das características de diferentes grupos étnicos e culturais no país. É preciso vencer a superficialidade que o conhecimento no ensino da geografia vem atingindo nestas unidades de ensino, e propiciar um aprendizado real a construção de um pensamento crítico, tendo a percepção das particularidades individuais de cada aluno, embasado pelas orientações curriculares.
Palavras-chave: Orientações curriculares; ensino de geografia; pluralidade cultural.
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Referências
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