Educação na infância e relações étnico-raciais: inquietações, indagações e movimentos de superação

Autores

  • Marlene de Araújo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Coronel Fabriciano

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v6i4.9747

Resumo

Neste artigo são apresentadas reflexões decorrentes de uma pesquisa realizada num Centro de Educação Infantil do município de Cel. Fabriciano que resultou numa tese. O destaque deste texto são indagações para novas pesquisas e produção teórica para os estudos da infância, educação infantil e relações étnico-raciais. Para desenvolvê-las consideraram-se seis aspectos: a) persistente visão do racismo como preconceito; b) cumprimento dos preceitos legais; b) infância, relações étnico-raciais e direitos humanos; c) racialização das relações de poder; d) análises acadêmicas e as relações étnico-raciais e d) escolas como um dos espaços de práticas de superação do racismo. Palavras-chave: Relações étnico-raciais; infância; educação infantil; racismo.

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Biografia do Autor

Marlene de Araújo, Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Coronel Fabriciano

Possui graduação em Pedagogia pelo Fundação Cultural e Educacional de João Monlevade (1989) , especialização em Avaliação pela Universidade de Brasília (1999) e mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) . Atualmente é Professora do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais e Especialista da Prefeitura Muncipal de Coronel Fabriciano- Secretaria de Educação e Cultura. Tem experiência na área de Educação , com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional. Atuando principalmente nos seguintes temas: Políticas Educacionais, relações raciais, Educação Infantil. Professora no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais-Unileste-MG no Curso de Pedagogia.

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Publicado

11-11-2015

Como Citar

Araújo, M. de. (2015). Educação na infância e relações étnico-raciais: inquietações, indagações e movimentos de superação. Eventos Pedagógicos, 6(4), 450–481. https://doi.org/10.30681/reps.v6i4.9747