Formação do professor de filosofia: entre o saber e o fazer

Autores

  • Elisete Medianeira Tomazetti Universidade Federal de Santa Maria
  • Simone Becher Araujo Moraes

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v7i2.9779

Resumo

Este texto problematiza a formação do professor de filosofia em curso de licenciatura e no espaço da escola, quando em situação de estágio e, mais tarde, como professor iniciante. Destaca-se a importância dos conhecimentos disciplinares de caráter específico, das ciências da educação e da didática, mas em correlação com os saberes que são aprendidos no espaço da escola, quando do enfrentamento de situações práticas. Chama-se a atenção para o fato de que o impacto dos saberes/disciplinas apreendidos na formação inicial será menor nas práticas docentes do professor de filosofia se não for constituído, por ele, um processo de reflexão sobre sua trajetória escolar, sobre suas representações de escola e de professor, uma vez que estas permanecem fortes e sustentadoras de suas ações ao longo de sua formação inicial. Ao final enfatizamos a importância da formação ser assumida também como auto formação, ou seja, como possibilidade de pensar sobre o que estamos fazendo de nós mesmos como professores e sobre que tempo presente é este em que nos situamos.

Palavras-chave: formação de professores; curso de licenciatura; saberes docentes; ensino de filosofia.

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Biografia do Autor

Elisete Medianeira Tomazetti, Universidade Federal de Santa Maria

Professora Associada III da Universidade Federal de Santa Maria, pelo Departamento de Metodologia do Ensino.

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Publicado

17-06-2016

Como Citar

Tomazetti, E. M., & Moraes, S. B. A. (2016). Formação do professor de filosofia: entre o saber e o fazer. Eventos Pedagógicos, 7(2), 744–758. https://doi.org/10.30681/reps.v7i2.9779