“Estado da Arte” e coletivos de pensamento da pesquisa sobre o livro didático no Brasil

Autores

  • Rúbia Emmel

DOI:

https://doi.org/10.30681/reps.v7i2.9795

Resumo

O trabalho analisou as pesquisas sobre o livro didático, em artigos publicados na base de dados de revistas indexadas no Scielo e de eventos: ENDIPE, ENPEC e ANPED, de 1999 a 2010. Teve o objetivo geral de compreender as contribuições dos autores das publicações sobre LD, apresentadas em eventos e periódicos, na constituição dos estilos e coletivos de pensamento que caracterizam a pesquisa do tema. Apoiando-se nas categorias da epistemologia de Ludwik Fleck, para compreender as contribuições dos autores das publicações sobre Livro Didático, apresentadas em eventos e periódicos, na constituição dos estilos e coletivos de pensamento que caracterizam a pesquisa do tema. Na busca de caminhos metodológicos, esta investigação apresenta elementos da abordagem qualitativa, pesquisa documental, conforme as autoras Menga Lüdke e Marli André, através da Análise Textual Discursiva conforme os autores Roque Moraes e Maria do Carmo Galiazzi, possibilitando a realização de uma investigação epistemológica das publicações sobre o livro didático no Brasil. Com base na leitura dos artigos, através da Análise Textual Discursiva foram identificadas 20 temáticas de pesquisa. O estudo possibilitou a análise e a identificação de um grande grupo de autores dos artigos que também estão referenciados nestes, constituindo eixos centrais. Os autores referenciais utilizados nos trabalhos analisados formaram 4 coletivos de pensamento: conceitos, currículo, pesquisa em/sobre livro didático e metodologia; merecendo destaque um grupo de referências, que são os próprios livros didáticos analisados nas pesquisas. A construção de categorias temáticas acerca do livro didático, apresentada neste estudo, se fez a partir da vontade de fortalecer as pesquisas acerca do livro didático na perspectiva de melhor compreender a formação de professores, suas teorizações e seus conhecimentos, possibilitando rever conceitos e estabelecer outros vários. Após a análise, o que se percebe é que os artigos demonstram que há preocupação de se estabelecer conceitos, conteúdos e diferentes olhares que contribuam para a construção de novos estudos, que apontem novas perspectivas, vislumbrando a formação de professores capazes de ressignificar o livro didático, fomentando os saberes e os fazeres dos sujeitos que fazem uso deste recurso. O que se ressalta é a necessidade de novas pesquisas de cunho epistemológico sobre o livro didático, para que seja possível estabelecer consciência das complicações no estilo de pensamento dos pesquisadores sobre este tema e as consequentes transformações.

Palavras-chave: livro didático; coletivo e estilo de pensamento; formação de professores.

 

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Biografia do Autor

Rúbia Emmel

Licenciatura em Pedagogia; Especialização em Educação Infantil e Alfabetização; Mestrado em Educação nas Ciências; Doutorado em Educação nas Ciências.

Referências

FLECK, Ludwik. La gênesis y desarrollo de um hecho científico. Tradução de Luis Meana. Madrid: Alianza Editorial, 1986.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A, Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Epu, 1986.

MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Bauru: Ciência & Educação, v. 12, n. 1, p. 117-128, 2006.

MORAES, R.; GALIAZZI, M.C. Análise Textual Discursiva. Ijuí: UNIJUÍ, 2007.

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Publicado

17-06-2016

Como Citar

Emmel, R. (2016). “Estado da Arte” e coletivos de pensamento da pesquisa sobre o livro didático no Brasil. Eventos Pedagógicos, 7(2), 623–624. https://doi.org/10.30681/reps.v7i2.9795