Um lugar: muitas histórias - o processo de formação de professores de matemática na primeira instituição de ensino superior da região de Montes Claros / norte de Minas Gerais (1960-1990)
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v8i1.9961Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo investigar o processo de formação de professores de Matemática na primeira instituição de ensino superior da região de Montes Claros, Norte de Minas Gerais, no período de 1960 a 1990. A escolha do período se deve à criação, em 1968, do primeiro curso de Matemática da região, e à transformação, em 1990, da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), instituição que o abrigou originalmente, em autarquia estadual que passou a ser denominada Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Além de documentação escrita, foram utilizadas como fontes dezesseis narrativas de professores envolvidos nesse curso como fundadores, professores ou alunos, com o uso da metodologia da História Oral. A pesquisa integra o projeto de mapeamento da formação e atuação de professores de Matemática no Brasil desenvolvido pelo Grupo História Oral e Educação Matemática – GHOEM. Da análise das entrevistas e das diversas outras fontes mobilizadas depreendeu-se que o movimento de criação da Instituição e do Curso de Matemática constituiu-se num processo complexo e multifacetado, influenciado por questões políticas, econômicas e educacionais do cenário nacional e local. Assim como ocorreu em outras instituições brasileiras, a formação de professores de Matemática no curso e período investigados foi realizada em caráter de urgência, a partir de demandas da legislação educacional e de interesses políticos e econômicos. Do período estudado (1960 a 1990) pode-se destacar como permanências e continuidades a ênfase no estudo dos conteúdos das disciplinas matemáticas; a presença coadjuvante das disciplinas pedagógicas; o rigor teórico apregoado como essencial ao curso de Matemática; a ideia marcante de que o professor deve ser certificado e qualificado para atuar de forma eficiente na docência. Como rupturas, sublinha-se a mudança de perspectiva em relação à formação de professores de Matemática. Os docentes entrevistados, formados no período alvo da pesquisa, deixaram entrever que, de sua parte, houve uma opção consciente pela docência, e que eles se “realizaram” no exercício dessa função. Contudo, aqueles que ainda atuam nos dias de hoje disseram que são poucos os acadêmicos interessados em ser professores.
Palavras-chave: educação matemática; formação de professores de matemática; história oral.
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