QUEM PODE FALAR? LINGUAGEM, RAÇA E PODER
conhecimento e o mito do universal, da objetividade e da neutralidade, em ‘Memórias da Plantação’, de Grada Kilomba
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v15i2.11919Palavras-chave:
Raça, Conhecimento, Linguagem, Poder, DiscursoResumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar, a partir de revisão bibliográfica, as relações entre linguagem, raça, e poder, expostas na obra “Memórias da Plantação: Episódios de Racismo Cotidiano”, da intelectual e artista interdisciplinar Grada Kilomba. Seguindo os caminhos de outras/os autoras/es anticoloniais, como bell hooks e Frantz Fanon, Grada Kilomba demonstra a ligação intrínseca entre raça, poder e conhecimento, criticando, de maneira contundente, os critérios pelos quais a sociedade branca colonial estruturou o saber, atribuindo como ‘mito’ os parâmetros, ou critérios, científicos ocidentais de universalidade, neutralidade e objetividade.
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