EMPRETECIMENTO, SULEAMENTO E ENDOGENAMENTO DE ESPAÇOS E CONHECIMENTOS COMO CAMINHOS PARA A DESCOLONIZAÇÃO EPISTÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.30681/reps.v15i2.11857Palavras-chave:
Educações antirracistas, Descolonização, Saberes africanos/afrodiaspóricosResumo
Este artigo é resultado de partilha de experiências vividas e sentidas, na primeira pessoa, a partir do meu não ser branca, onde a cor da pele é a marca de nossas caminhadas em espaços que deveriam ser comuns para todas as pessoas. As invisibilizações e negações de produções de outras epistemes, a partir de sujeitos não brancos, não euronortecentrados, assinalam impossibilidades de suas existências e de produção de seus conhecimentos dentro das academias, recusando reflexões e ações para “educações” antirracistas e para a construção de sociedades sem cópias e obediências epistêmicas. Por esse viés, caminhos que possibilitem o desfazer de construtos tidos como verdadeiros, buscando abordagens descolonizantes, num diálogo com os saberes dos povos africanos, afrodiaspóricos, e/ou não brancos, são de suma importância.
Downloads
Referências
ADICHIE, Chimamanda, Ngozi. The danger of a single story. Companhia das Letras. 2019.
ANDRÉ, S. Outros Saberes, Outros Espaços e Outros Olhares de Mulheres Moçambicanas da Comunidade Yaawo, 126 Revista da ABPN• v.13, n. 36 • Mar - Mai 2021 • p. 126 – 140.
ANDRÉ, S.; SILVA. As nuances do Ser e se Sentir Mulheres das Mulheres dos Vilarejos de Moçambique. In: MORTARI, L.; WITTMANN, L. T. (orgs.) As Narrativas Insurgentes: descolonizando conhecimentos e interlaçando mundos. Florianópolis: Rocha Gráfica e Editora (Selo Nyota, Coleção AYA, v. 1), 392 p. 2020.
ANDRÉ, S. O Unyago na Educação da menina/mulher entre o povo yaawo da província do Niassa/Moçambique, Tese de Doutorado, UFAL, 2019.
ANDRÉ, S. Você é de onde?. ODEERE, 7(1), 45-61. https://doi.org/10.22481/odeere.v7i1.10429, 2022.
AMADIUME, I. Male Daughters, Female Husbands: Gender and Sex in an African Society. London: Zed Books, 1987.
AMADIUME, I. African Women: Voicing Feminisms and Democratic Futures. Volume 10 InternationalFeminisms: Divergent Perspectives Article 9. Spring 2001.
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018.
AKOTIRENE, Carla. Ó PA Í PREADA: racismo e sexismo institucionais tomando bonde nas penitenciarias femininas. São Paulo: Polén, 2020.
BÂ, A. H. A educação tradicional na África. Disponível em http://www.casadasafricas.org.br/wp/wp-content/uploads/2011/08/A-educacao-tradicional-naAfrica.pdf>. Acesso em novembro de 2023
CHIZIANE, P. Eu, mulher por uma visão do mundo, 2ª Ed, Nandyala livros e serviços, 1994, 17Ltda.
CHIZIANE, P. Ventos do apocalipse. Lisboa: Caminho, 2000.
CHIZIANE, P. O ato de colonizar a mente. Entrevista na Revista Bastião, 31 de março de 2014.
CHIZIANE, Paulina; MARTINS, Mariana Ngoma Yethu. O curandeiro e o novo testamento. Paulina Chiziane Editor, 2 ed. 2015.
CHIZIANE, Paulina e MARTINS, Mariana Ngoma Yethu. Niketche: Uma história de Poligamia. Companhia das letras. 2016
DIOP, Cheikh Anta. Unidade Cultural da África Negra: esferas do patriarcado e do matriarcado na antiguidade clássica. Editora Pedago. Lisboa, 2015.
EVARISTO, Conceição. Escrevivências da afro-brasilidade: história e memória. Releitura, Belo Horizonte, Fundação Municipal de Cultura. 2008.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Editora da Universidade Federal da Bahia, 2008.
KIAMUANAGANA Ancy. Nakomitunaka. Disponível em: https://youtu.be/NMdGXOhl1Q8. Acesso em 20 ago. 2023.
LOTT, Tiago Horácio. A essência contingente e plural da tradução na obra de Ngugi Wa t]Thiong’o. Monografia, Faculdade de Letras, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2012.
MALOMALO, B. Filosofia da Macumba: a sacralização do corpo do negro na poética de Solano Trindade. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 10, 26–42. https://doi.org/10.5902/2179378639947, 2019.
MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra. Lisboa: Antígona, 2014.
OYĚWÙMÍ, O. The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. Minnesota, EUA: University of Minnesota, Press, 1997.
OYĚWÙMÍ, O. ConceptualizingGender: The Eurocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies. In: African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CODESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CODESRIA, 2004.
RAMOSE, Mogobe. A importância vital do “Nós”. Tradução: Luís arcos Sander. In. Revista do Instituto Humanitas Unisinos. Vol. 340, 2010.
REIS, Eliana Lourenço de Lima. Pós-colonialismo, identidade e mestiçagem cultural: a literatura de Wole Soyinka. Rio de Janeiro: Relume-Dumará; Salvador, BA: Fundação Cultural do Estado da Bahia. 1999.
SEMEDO, Odete. Em que língua escrever. In: Entre o ser e o amar. Bissau: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, 1996.
THIONG’O, Ngugi Wa. Descolonizar la mente. Barcelona: Editorial Debolsillo, 2010.
THIONG’O, Ngugi Wa. Descolonização mental: a política da linguagem na literatura africana. Diáspora Africana: Editora Filhos da África. 2021.
THIONG’O, Ngugi Wa. Descolonising the mind: the politics of language in Africa Literature. Harare, 1986.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Eventos Pedagógicos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
O conteúdo deste periódico está licenciado sob CC BY-SA 4.0 (Atribuição-Compartilha-Igual 4.0 Internacional)[1]. Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam o conteúdo em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador e que o conteúdo modificado seja licenciado sob termos idênticos. A licença permite o uso comercial.
[1] Para ver uma cópia desta licença, visite: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/deed.pt_BR.